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O presidente Javier Milei: governo da Argentina diz que não vê “qualquer razão para que haja novamente eleições na Venezuela”
O presidente Javier Milei: governo da Argentina diz que não vê “qualquer razão para que haja novamente eleições na Venezuela”| Foto: EFE/EPA/ANDRE PAIN

A Argentina ficou ao lado tanto da líder da oposição da Venezuela, María Corina Machado, quanto do ditador Nicolás Maduro e refutou uma proposta dos presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e da Colômbia, Gustavo Petro, para que sejam realizadas novas eleições presidenciais venezuelanas.

Segundo informações do jornal Clarín, a posição foi manifestada pelo porta-voz do presidente Javier Milei, Manuel Adorni, em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (16) na Casa Rosada.

“Consideramos quem foi o vencedor das eleições e temos uma posição clara. Não vemos que exista qualquer razão para que haja novamente eleições na Venezuela”, afirmou Adorni, lembrando a posição da Argentina de ter reconhecido o oposicionista Edmundo González como vencedor da eleição realizada na Venezuela em 28 de julho.

Numa entrevista a uma rádio de Curitiba na quinta-feira (15), Lula havia sugerido a criação de um governo de coalizão na Venezuela e que o ditador Nicolás Maduro convoque novas eleições. Petro defendeu as mesmas medidas numa postagem no X.

Em seguida, a líder oposicionista María Corina Machado criticou a ideia numa entrevista online. “Propor ignorar o que aconteceu em 28 de julho é um insulto ao povo venezuelano. As eleições já aconteceram”, disparou.

Maduro também refutou a proposta. “A Venezuela é um país independente, com uma Constituição, tem instituições, e os conflitos de qualquer característica se resolvem entre venezuelanos, com suas instituições, com sua lei”, afirmou, recusando sugestões externas.

No dia seguinte à eleição, que o chavista Conselho Nacional Eleitoral (CNE) diz ter sido vencida por Maduro, a oposição disponibilizou num site cópias de mais de 80% das atas de votação, que comprovam a vitória de González.

O CNE, por ora, não divulgou as suas atas que, segundo alega, comprovariam a vitória de Maduro. O Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela, também controlado pelo chavismo, vai revisar o resultado.

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