Forças do governo líbio levaram nesta sexta-feira (14) mais tanques para a cidade de Sirte, num esforço para acabar com o último bastião de resistência dos partidários de Muammar Kadafi na cidade natal dele.

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Sem treinamento adequado, o Exército do Conselho Nacional de Transição (CNT, o governo provisório) trava há semanas uma luta caótica ao redor de Sirte, que já deixou centenas de mortos e milhares de desabrigados.

O CNT diz que só vai iniciar a construção de um governo democrático quando a cidade litorânea, com cerca de 100 mil habitantes, estiver totalmente sob o seu controle.

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Os comandantes do CNT dizem que os gaddafistas controlam agora apenas uma área com cerca de 700 metros de largura por 1.500 de comprimento, composta principalmente por prédios de apartamento.

O maior obstáculo para a conquista total são os franco-atiradores escondidos nos edifícios. Os tanques são usados para bombardear os prédios a curta distância, expulsando os atiradores.

Por trás dos tanques, fileiras de soldados e veículos eram preparadas para a batalha desta sexta-feira.

Um dirigente do CNT negou relatos feitos por outras autoridades de que Mo'tassim Gaddafi, filho do ex-governante, teria sido capturado em Sirte. Muammar Kadafi também está desaparecido - provavelmente refugiou-se no deserto do sul da Líbia.

Por causa dos combates da quinta-feira, um hospital de campanha recebeu dois combatentes do CNT mortos e outros 23 feridos. Um dos mortos foi alvejado quando levava comida a soldados na frente de batalha, segundo médicos.

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Um comandante do CNT disse que os partidários de Kadafi não estão mais usando armamentos pesados e que, sem chances de vitória, parecem ter perdido sua coesão.

"Notamos agora que eles estão lutando cada um por si", disse Baloun Al Sharie. "Tentamos dizer a eles que já chega e que eles devem se render, mas eles não se rendem."

Oficiais do CNT dizem que os gaddafistas temem represálias caso se entreguem. Alguns combatentes capturados têm sido maltratados pelas forças do CNT, e a Anistia Internacional divulgou na quarta-feira em Washington um relatório apontando o risco de que o novo governo repita os abusos aos direitos humanos que eram comuns durante o regime anterior. O CNT prometeu examinar o relatório.