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O governo paraguaio enviou nesta quinta-feira centenas de agentes especiais da polícia para uma região no norte do país que faz fronteira com o Brasil, em uma tentativa de desarticular o grupo armado que mantém refém um conhecido pecuarista.

O engenheiro Fidel Zavala foi sequestrado há pouco menos de um mês de sua fazenda por um grupo de extrema esquerda denominado Exército do Povo Paraguaio.

O crime aumentou as críticas ao governo do presidente socialista Fernando Lugo, e sua resolução pode ser vital na gestão do mandatário, que enfrenta a pressão da oposição, no controle do Congresso.

O Ministério do Interior disse que a decisão de enviar tropas de elite --unidades treinadas em resgate de reféns-- responde à necessidade de tranquilizar os povoados da região, aumentando a presença do Estado.

"Não cederemos a nenhum tipo de chantagem nem vamos tolerar que nenhum grupo de delinquentes tente criar territórios liberados em nossa República. O Paraguai não se submeterá às organizações criminosas", disse o ministro Rafael Filizzola.

Mas a família de Zavala questionou a operação por achar que ela vai colocar em risco a vida do pecuarista.

A insegurança é uma das principais queixas ao governo de Lugo, um ex-bispo que terminou com as seis décadas de governo do conservador Partido Colorado e se propôs "limpar" a polícia, manchada por denúncias de corrupção.

Membros do Exército do Povo Paraguaio, que opera em uma área de cultivo de maconha, foram vinculados a integrantes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e apontados como responsáveis por outros sequestros e ataques a postos policiais no Paraguai.

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