O governo sírio e a oposição anunciaram nesta terça-feira (23) estarem de acordo com o cessar-fogo proposto por Estados Unidos e Rússia no país, mas sob algumas condições.
O regime de Bashar al-Assad disse que aceita a trégua, mas ressaltou que continuará combatendo grupos terroristas excluídos do acordo, como o Estado Islâmico. Enquanto isso, o principal grupo de opositores apontou que é favorável ao fim das hostilidades, desde que sejam cumpridas suas demandas.
“Para garantir o êxito deste cessar-fogo previsto para sábado (27), o governo sírio está disposto a se coordenar com a Rússia para determinar quais são as regiões e grupos armados incluídos nesta trégua”, disse o ministério das Relações Exteriores em um comunicado.
Com início marcado para o próximo sábado, o acordo entre Rússia e Estados Unidos exclui os grupos extremistas Estado Islâmico, Frente al-Nusra (braço sírio da al-Qaeda) e organizações que o Conselho de Segurança da ONU considera “terroristas”, mas que não são identificadas no texto. Mas, como o governo sírio não faz nenhuma distinção entre ativistas, rebeldes e jihadistas, há o receio que opositores acabem virando alvo de ataques.
Por sua parte, o Alto Comitê de Negociações (HNC na sigla em inglês) afirmou em comunicado que aprova os esforços internacionais para o fim das hostilidades na Síria. Mas a aceitação do acordo está condicionada ao fim da ofensiva do governo de Assad em 18 áreas controladas pelos rebeldes, a libertação de presos e a suspensão dos bombardeios e ataques de artilharia.
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
Quem são os indiciados pela Polícia Federal por tentativa de golpe de Estado
Bolsonaro indiciado, a Operação Contragolpe e o debate da anistia; ouça o podcast
Seis problemas jurídicos da operação “Contragolpe”