As autoridades sírias libertaram nesta terça-feira mais de 1.100 detidos "envolvidos" com o movimento de contestação ao regime do presidente Bashar al-Assad, informou a televisão pública.
De acordo com a televisão, "1.180 detidos, envolvidos nos eventos na Síria e que não têm sangue nas mãos, foram libertados hoje".
No dia 5 de novembro, as autoridades já haviam libertado em ocasião da celebração muçulmana do Al-Adha, 553 pessoas detidas na repressão.
Esta medida ocorre no momento em que o regime, que ignora os apelos internacionais pelo fim da repressão, está cada vez mais isolado depois de ter sido criticado pelas nações árabes que o acusam de não respeitar seu compromisso de aplicar um plano estabelecendo, principalmente, a libertação de manifestantes presos.
Na quarta-feira, uma reunião árabe extraordinária deve ser realizada em Rabat, no Marrocos, para confirmar a decisão de suspender a Síria da Liga Árabe, votada no dia 12 de novembro por 18 dos 22 membros da organização pan-árabe.
As associações sírias de defesa dos direitos humanos e a ONU estimam em vários milhares o número pessoas presas durante a repressão à revolta iniciada no dia 15 de março. Mas de 3.500 pessoas foram mortas, segundo as Nações Unidas.
A segunda-feira foi uma das jornadas mais violentas desde o início da revolta popular contra o regime com mais de 70 mortos, entre civis e militares.
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