O ministro das Relações Exteriores da Síria, Walid al-Moualem, afirmou ontem que não existe diferença entre os rebeldes moderados e os extremistas que lutam contra o regime de Bashar Assad há dois anos e meio.
A declaração é uma crítica a países como Estados Unidos, França e Reino Unido, que defendem o apoio ao que consideram forças rebeldes moderadas. Para o chanceler sírio, estes países incentivam o terrorismo dentro de seu país que, segundo ele, enfrenta uma guerra contra o terror.
"Eles treinam e fornecem suprimentos aos terroristas e não querem reconhecer que a Al-Qaeda e suas associadas estão na Síria. Vimos vídeos de terroristas destruindo corpos e comendo corações na televisão, mas essas imagens não os sensibilizam", disse Moualem, em discurso na Organização das Nações Unidas (ONU).
Solução
O chanceler ainda acusou os rebeldes de não quererem uma solução pacífica para o conflito e afirmou que isso impede o fim da guerra. "Há uma relação sólida entre os desejos das pessoas e as medidas do governo, mas não podemos ter uma solução política com terroristas destruindo mesquitas e igrejas". Ele ainda acusou o Ocidente de impedir que os inspetores da ONU determinassem em seu relatório quem foi o responsável pelo ataque químico na periferia de Damasco, em 21 de agosto.