Apoiadores do ditador Bashar al-Assad em manifestação em Damasco| Foto: Sana/AFP

O ministro do Interior da Síria, Ibrahim Shaar, afirmou que o regime deve revidar os ataques à capital, Damasco, com "punho de ferro", chamando os atos de uma escalada de atentados terroristas contra as autoridades do país, segundo a emissora britânica BBC.

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Na sexta-feira, o regime anunciou que uma explosão no centro de Damasco deixou ao menos 26 mortos e 63 feridos, de acordo com a agência estatal de notícias Sana, a maior parte civis.

Ainda segundo informações do regime, o atentado aconteceu próximo a uma escola de ensino básico. "O atentado aconteceu em um bairro popular perto de uma escola, em uma área repleta de pessoas", destacou a emissora de tevê estatal, que exibiu as primeiras imagens do local da explosão.

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Ativistas da oposição acusaram os partidários do ditador Bashar Assad de organizarem o ataque para descredibilizar as manifestações pedindo sua renúncia e influenciar os observadores da Liga Árabe, que avaliam a implementação de um plano de paz.

Negociações

A Liga Árabe enviou em 26 de dezembro cerca de cem observadores para verificar o cumprimento de um plano de paz para o país. O acordo propõe o fim de todos os conflitos, a retirada de soldados das ruas e a libertação de prisioneiros políticos. Grupos opositores afirmam, porém, que a repressão aos protestos continua.

Shaar disse que o ataque foi perpetuado por um homem-bomba. "Vamos atacar com mão de ferro qualquer tentativa de mexer com a segurança do país ou de seus cidadãos", prometeu o ministro.

Pelo menos mais 35 pessoas morreram na sexta-feira por causa da repressão das forças do regime sírio de Bashar Assad, 14 delas na província central de Rif Damasco, segundo informaram os opositores dos Comitês de Coordenação Local.

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A ONU calcula em mais de 5 mil pessoas o número de mortes na repressão aos protestos contra Assad, que já duram dez meses. Autoridades sírias dizem que enfrentam grupos terroristas, que já mataram 2 mil membros da polícia e das forças armadas nos dez meses do conflito.