O novo presidente da Somália, o xeque Sharif Sheik Ahmed, afirmou que o governo e um grupo insurgente islâmico chegaram a um acordo de cessar-fogo, dias após dezenas de civis morrerem em combates na capital somali. Integrantes do clã dominante de Mogadiscio, os Hawiye, mediaram as negociações entre o governo e o Partido Islâmico, um dos dois maiores grupos insurgentes da Somália.

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"Nós esperamos que todas as divergências sejam solucionadas pacificamente", afirmou Ahmed, em uma coletiva de imprensa no palácio presidencial, em Mogadiscio.

O presidente se recusou a dar qualquer outro detalhe sobre o acordo de paz. O porta-voz do Partido Islâmico, o xeque Muse Abdi Arale, afirmou que tudo está correndo na direção correta, mas também não deu maiores detalhes sobre o assunto.

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Alguns dos piores combates em Mogadiscio ocorreram nas últimas semanas. Insurgentes islâmicos atacaram tropas do governo e da União Africana durante dois dias consecutivos nesta semana. Segundo a Organização de Direitos Humanos Elman, ao menos 49 civis foram mortos durante os ataques.

Mogadiscio tem sido o centro da violência na Somália nos 18 anos em que o país vive sem um governo efetivo. O Partido Islâmico se opõe à presença das tropas da União Africana na Somália e prometeu combatê-las até que elas saiam do país.

Controle

Atualmente, o governo controla diretamente apenas algumas áreas de Mogadiscio e da cidade litorânea de El Berde. No entanto, Ahmed, o islamita moderado que se tornou presidente da Somália em janeiro, possui aliados entre as milícias que controlam boa parte do centro e algumas áreas do sul do país.

A Somália não tem um governo efetivo desde 1991, quando militares depuseram o ditador Mohamed Siad Barre. Depois disso, os militares começaram a lutar entre si, levando a nação de 7 milhões de habitantes ao caos.

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