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A primeira-ministra da Tailândia, Yingluck Shinawatra, admitiu nesta quinta-feira (20) que não há como conter o grande volume de água procedente do inundado planalto central e que agora ameaça alagar Bangcoc, a capital do país.

"A água das inundações vem por todas as direções, e não podemos controlá-la, já que o caudal é enorme", disse a chefe de Governo em entrevista coletiva.

Shinawatra qualificou de "crise nacional" e "problema arrasador" as inundações registradas em 26 províncias do norte e do planalto central, que causaram a morte de pelo menos 320 pessoas com mais de 2,4 milhões de desabrigados.

"Não podemos bloquear a água para sempre", precisou Shinawatra, quando se completam três meses desde que os primeiros rios e pântanos transbordaram pelas copiosas chuvas da monção.

Na sequência, as províncias do norte e a região central inundaram uma após a outra.

As autoridades de Bangcoc ordenaram nesta quarta-feira a primeira evacuação, de mil pessoas em um bairro da periferia da capital, onde vivem cerca de dez milhões de pessoas.

O responsável do centro de crise criado pelo Governo e também ministro da Justiça tailandês, Pracha Phomok, disse à emissora estatal que o fluxo de água também ameaça superar os diques reforçados com centenas de milhares de sacos de areia.

Segundo os dados do Ministério do Trabalho, pelo menos 14 mil fábricas e estabelecimentos comerciais tiveram suas atividades interrompidas por danos causados pelas inundações, com o que 663 mil trabalhadores estão temporariamente parados.

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