A primeira-ministra da Tailândia, Yingluck Shinawatra, declarou neste domingo superado o perigo de que as severas enchentes se agravem em determinadas áreas de Bangcoc, onde as doenças ameaçam centenas de milhares de pessoas afetadas.

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Yingluck fez essa declaração depois de o enorme volume de água que desce da região central do país, ter alagado 15 dos 50 bairros da capital, principalmente os situados em Thonburi, uma das áreas com maior densidade populacional e que abriga um labirinto de canais, herança da característica fluvial que a cidade teve há muitas décadas.

"A situação melhorou", afirmou a chefe de governo em entrevista coletiva após uma reunião com o gabinete de crise.

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Bangcoc, uma metrópole com notáveis contrastes em circunstâncias normais, oferece agora mais um: uma região central seca, que segue seu ritmo normal, e uma periferia alagada, onde os moradores enfrentam o desastre.

Nas regiões atingidas pela enchente, pessoas usam balsas improvisadas e botes para transportar alimentos e água potável, bens escassos há dias na capital, o que levou a alguns estabelecimentos a racionarem a venda de produtos.

Os mosteiros budistas das áreas alagadas abrigam centenas de pessoas que deixaram suas casas por causa do aumento do nível de água, além de servirem a comida distribuída por associações beneficentes e pelo Exército.

Conforme especialistas, a enchente que afeta cerca de 80% de Thonburi e outros bairros foi causada pela tentativa de salvar o centro de Bangcoc da avalanche de água estancada nas províncias vizinhas do norte que as autoridades estimam ainda seja de cerca de 8 milhões de metros cúbicos.

"Este volume de água pode inundar toda a zona oeste de Bangcoc", alertou o vice-governador da capital, Chainat Niyomthoom.

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O Ministério da Saúde e organizações ligadas à saúde pública alertaram sobre o risco de epidemia de doenças nas áreas alagadas, principalmente na região central devido à enorme quantidade de lixo produzida diariamente.

Grandes áreas das províncias de Ayutthaya e Pathum Thani estão cobertas por até três metros de água, inclusive as que abrigam sete grandes regiões industriais, que não estão operando há quase duas semanas por ordem do governo.

Estas enchentes, consideradas as piores registradas nesse país asiático em 50 anos, deixaram ao menos 381 mortos, 2,5 milhões de vítimas, além de ter obrigado mais de 150 mil pessoas a buscarem abrigos improvisados.