De acordo com balanço divulgado nesta sexta-feira (21), pelo menos oito pessoas morreram e 137 ficaram feridas nos protestos das duas últimas semanas na Venezuela. Com a continuidade das manifestações, o governo criou um comando nacional antigolpe que será liderado pelo presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello. A função é detectar planos e conspirações, supostamente organizados pelos partidos opositores no país.
"Estamos enfrentando um golpe de Estado na Venezuela, mas a Revolução Bolivariana vai triunfar pelo caminho da Constituição, das leis, e haverá paz na Venezuela", disse Maduro.
Uma das medidas do governo é militarizar áreas com maiores conflitos. A primeira região foi o estado de Táchira, onde foi decretado estado de exceção.
Os confrontos continuam e jovens manifestantes reagem à presença do Exército com barricadas, bloqueio de vias e queima de pneus e lixo. Até tanques do Exército foram atingidos por coquetéis molotovs. O governo ameaça estender o estado de exceção a outras regiões, conforme julgue necessário.
A oposição convocou para este sábado (22) mais uma manifestação, exigindo o desarmamento de grupos paramilitares, supostamente apoiadores do governo. Do lado do governo, haverá uma marcha de mulheres chavistas.
Oposição
Da prisão de Ramo Verde, onde está detido, o líder opositor Leopoldo López envia mensagens aos seus seguidores por meio da esposa, Lilian Tintori. Quinta (20), ela divulgou trechos de uma carta enviado por López aos seus seguidores no Twitter: "Estou bem, eu peço a vocês que não desistam, eu não desistirei".
O governo de Nicolás Maduro informou que, em breve, levará outros líderes opositores à prisão e que enfrentará, na Justiça, "os que conspiram contra a democracia".