Os governos dos países da União Europeia concordaram nesta segunda-feira em ampliar o seu embargo à venda de armas para a Síria e aumentar as sanções contra o presidente sírio, Bashar al-Assad, num momento em que o conflito entre o governo e os rebeldes se intensifica e assume a proporção de uma guerra civil, disseram autoridades do bloco europeu.
Em uma reunião em Bruxelas, chanceleres da UE impuseram o congelamento de bens e a proibição de viagens a mais 26 pessoas e proibiram as empresas do bloco de fazer negócios com mais três firmas sírias, elevando assim a lista de alvos das medidas contra o regime sírio.
Os países da UE terão de revistar aviões e embarcações se tiverem "motivos razoáveis" para suspeitar de que estejam transportando armas, mercadorias de duplo uso ou equipamentos usados na repressão na Síria.
A decisão da UE aprofunda as divergências com a Rússia, que vem bloqueando as ações do Ocidente para a aprovação de uma resolução no Conselho de Segurança da ONU ameaçando impor sanções contra a Síria.
Refugiados
A chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Catherine Ashton, e países como o Reino Unido e a França, lembraram nesta segunda-feira a difícil situação humanitária dos refugiados do conflito sírio e defenderam um aumento dos esforços para o envio de ajuda.
"Temos que seguir trabalhando com os países vizinhos que recebem os refugiados sírios, especialmente Turquia, Líbano e Jordânia, mas também o Iraque", disse Catherine em Bruxelas.
A alta representante europeia destacou que "é muito importante seguir com as sanções e com o processo político".
O chanceler francês, Laurent Fabius, insistiu na necessidade de reforçar as sanções contra o regime sírio, assim como na UE se pronunciar "com mais força" para proporcionar ajuda humanitária aos refugiados.
O ministro das Relações Exteriores do Reino Unido, William Hague, concordou com a necessidade de aumentar a ajuda humanitária para os refugiados nos países vizinhos e pediu mais "apoio prático" para a oposição, assim como o início da preparação para a transição e a era "pós-Assad".