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Tensão

Grã-Bretanha afirma que enfrenta 30 complôs de terrorismo

Cerca de 30 grandes ações de terrorismo estão sendo planejadas na Grã-Bretanha e ameaças futuras podem incluir aparatos químicos e nucleares, disse a diretora da agência de inteligência do país.

Eliza Manningham-Buller, diretora-geral do MI5, afirmou que jovens britânicos muçulmanos são preparados para se tornar homens-bomba e que seus agentes estão vigiando cerca de 1.600 suspeitos, a maioria nascidos na Grã-Bretanha e ligados à rede Al Qaeda no Paquistão.

"Sabemos de numerosos planos para matar pessoas e atingir nossa economia. O que quer dizer numerosos? Cinco? Dez? Não, cerca de 30...pelo que sabemos", declarou Manningham-Buller em discurso em Londres na noite de quinta-feira.

Ela disse que suas advertências não são para alarmar, mas sim para dar um cenário franco da ameaça da Al Qaeda, que segundo ela está crescendo.

A Grã-Bretanha sofreu seu pior ataque em tempos de paz em julho do ano passado, quando quatro britânicos de origem muçulmana explodiram-se na rede de transportes de Londres, matando 52 pessoas e deixando centenas de feridos.

A polícia antiterrorismo fez diversas advertências sobre o aumento significativo da ameaça terrorista desde os ataques de 7 de julho e evitou pelo menos cinco grandes ataques desde então.

Em agosto, a polícia disse que descobriu um plano para explodir aviões transatlânticos com líquidos.

Manningham-Buller, que raramente fala em público, fez o relato mais detalhado da seriedade da ameaça.

"Meus agentes e a polícia estão trabalhando para lidar com cerca de 200 grupos ou redes, com mais de 1.600 indivíduos identificados que estão envolvidos atualmente em planos para facilitar atos terroristas aqui e no exterior", disse.

Manningham-Buller afirmou que o número de casos investigados pelas forças de segurança cresceu 80 por cento desde janeiro.

"Hoje em dia vemos o uso de aparatos explosivos caseiros e improvisados. Amanhã a ameaça pode...incluir o uso de químicos, agentes bacteriológicos, materiais radioativos e até mesmo tecnologia nuclear."

Nesta semana, o britânico convertido ao islamismo Dhiren Barot foi condenado a 40 anos de prisão por planejar explodir a Bolsa de Valores de Nova York e por planejar ataques na Grã-Bretanha usando uma "bomba suja" e carros com gás.

Um crescente número de pessoas está passado de "simpatia passiva para o terrorismo ativo" através de radicalização ou doutrinação por amigos, familiares ou eventos de treinamento organizados na Grã-Bretanha e no exterior, disse Manningham-Buller.

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