Londres - A Grã-Bretanha está endurecendo suas regras para a concessão de vistos para estudantes, fechando escolas fictícias e mandando de volta estudantes que não falam inglês bem. As medidas têm como objetivo reduzir a imigração, disseram ontem funcionários do governo.
O controle deve diminuir o número de estudantes estrangeiros e seus dependentes em cerca de 100 mil pessoas por ano, anunciou a secretária do Interior, Theresa May. "Você precisa falar inglês para aprender em estabelecimentos de ensino. Se você não consegue, não concederemos o visto", declarou ela.
O número de estudantes estrangeiros que foram para o país mais do que triplicou nos últimos dez anos e agora representa um porcentual muito maior de imigrantes do que os que solicitam permissão como trabalhadores ou familiares de residentes, segundo levantamento apresentado por May.
O nível mínimo de proficiência em inglês para estudantes universitários será elevado e avaliado por meio de provas, embora as universidades tenham permissão para fazer suas próprias avaliações, assegurou a secretária.
Funcionários de fronteira também receberão treinamento para recusar a entrada de estudantes que não falam inglês sem um intérprete ou que estejam claramente abaixo do nível mínimo para estudar numa Universidade.
Porém, estudantes que não tenham o nível requerido de inglês para cursar o nível superior ainda poderão frequentar cursos preparatórios que os ajudem a chegar à universidade.
As medidas também vão limitar a quantidade de horas que estudantes e recém-formados podem trabalhar. Estudantes de escolas privadas serão proibidos de trabalhar e os que desejarem permanecer no país após a conclusão dos estudos devem encontrar empregos que paguem pelo menos 20 mil libras (US$ 38 mil) por ano.
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