Líderes da União Européia (UE) estão reunidos em Bruxelas para avaliar as relações com a Rússia depois da invasão da Geórgia, mas há poucas opções punitivas em discussão contra um vizinho que figura como importante fornecedor de gás e petróleo para a Europa ocidental. A Grã-Bretanha defendeu que a UE suspenda as negociações de parceria com a Rússia por causa de sua ação militar contra a Geórgia no mês passado, disse um porta-voz do primeiro-ministro Gordon Brown.
"Somos claros ao dizer que, antes da revisão fundamental das relações com a Rússia, deveríamos suspender as negociações sobre um mecanismo para suceder o acordo de parceria e cooperação entre a UE e a Rússia", disse em Londres o porta-voz de Brown.
Já o primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, defendeu que o encontro realizado hoje em Bruxelas "busque o diálogo ao invés do confronto" e que a UE decida não impor sanções à Rússia.
A expectativa é de que os 27 líderes europeus divulguem uma advertência de que é impossível a manutenção de relações normais entre Bruxelas e Moscou enquanto a Rússia continuar violando um acordo de cessar-fogo com a Geórgia mediado pelo bloco.
A Rússia invadiu a Geórgia em 8 de agosto, um dia depois de tropas georgianas terem iniciado uma ofensiva militar com o objetivo de recuperar a região separatista da Ossétia do Norte, onde a maioria da população é russa.