Os serviços de segurança da Grã-Bretanha não tiveram avisos preliminares sobre um suposto complô da Al Qaeda para explodir um voo com destino aos EUA, e as autoridades não sonegaram informações dos seus colegas norte-americanos, informou o governo britânico nesta terça-feira.

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O secretário do Interior, Alan Johnson, disse que seu país compartilhou com Washington todos os detalhes sobre o suspeito nigeriano, mas que não havia dados sobre nenhum ataque específico.

O governo do primeiro-ministro Gordon Brown vem sendo pressionado a explicar o quanto os serviços de segurança britânicos sabiam a respeito de Umar Farouk Abdulmutallab, detido no dia de Natal sob a acusação de tentar explodir um voo Amsterdã-Detroit, e se compartilharam as informações com os EUA.

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Um porta-voz de Brown disse na segunda-feira que a Grã-Bretanha passou aos EUA "as informações de segurança sobre as atividades deste indivíduo", o que gerou especulações de que as autoridades norte-americanas teriam falhado ao permitir o embarque do suspeito.

Mas Johnson disse ao Parlamento que a informação partilhada era vaga, sem sinais sobre um ataque iminente.

"Nenhuma informação que possuímos ou partilhamos indicava que Abdulmutallab estava prestes a tentar um ataque terrorista contra os Estados Unidos", disse o ministro.

O Partido Conservador (oposição) disse que as declarações do porta-voz de Brown podem abalar as relações Londres-Washington, porque parecem exagerar a importância da informação cedida.

Chris Grayling, porta-voz dos conservadores para assuntos do Ministério do Interior, disse que o governo Brown tratou as informações de modo "impreciso e arrogante." "Que o primeiro-ministro exagere, engane ou distorça informações de inteligência, particularmente com relação a uma ameaça terrorista, é absolutamente inaceitável", disse.

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Pressionado sobre o assunto nesta terça-feira, o porta-voz de Brown disse que "não há sugestão de que o Reino Unido tenha passado qualquer informação aos Estados Unidos sobre a qual eles não tenham agido."

As autoridades britânicas sabiam de Abdulmutallab quando ele estudava engenharia em Londres, entre 2005 e 2008, mas ele não era considerado alguém envolvido com o extremismo violento, segundo Johnson.

O nome dele foi incluído em uma lista compilada por autoridades migratórias, e não por agentes antiterror, depois que ele se candidatou, em abril deste ano, a uma faculdade londrina que não estava autorizada a aceitar alunos estrangeiros.

Ao anunciar novas medidas de segurança, Johnson disse que scanners de corpo inteiro serão instalados no aeroporto londrino de Heathrow dentro de três semanas. Mas ele admitiu que os equipamentos só teriam 50-60 por cento de chances de detectar os explosivos, que segundo promotores, foram levados para o voo Amsterdã-Detroit.

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