Grã-Bretanha concordou nesta sexta-feira em pagar indenização a um piloto argélio detido por cinco meses após acusá-lo erroneamente de envolvimento nos ataques de 11 de setembro de 2001.

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Lotfi Raissi foi detido 10 dias após os ataques em Nova York e em Washington, ameaçado de extradição aos Estados Unidos e mantido em uma penitenciária de segurança máxima porque a polícia norte-americana concluiu que ele estava envolvido no plano da Al Qaeda.

No entanto, ficou comprovado que as acusações contra ele eram falsas e o piloto foi liberado. Raissi tenta limpar seu nome desde então. Ele afirma ser impedido de trabalhar em empresas aéreas e que sua vida foi arruinada.

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"Este é um dos melhores dias da minha vida. Fui completamente perdoado agora pelo Ministério da Justiça e estou muito contente", disse ele à BBC. "Minha vida foi destruída, minha carreira foi destruída. Foi como um inferno para mim os últimos nove anos. Eu sofri discriminação, eu sofri racismo, minha vida não era segura."

O argélio frequentou uma escola de aviação no Estado norte-americano do Arizona e autoridades norte-americanas acreditavam que ele estava ligado ao sequestrador que atingiu uma aeronave no Pentágono.

Um tribunal britânico recusou as acusações, afirmando que eram falsas, e o piloto deu início ao seu pedido por uma indenização.

O pagamento de compensação foi rejeitado pelo governo britânico em 2004 mas, quatro anos depois, a Corte de Apelações ordenou que ministros reconsiderassem, alegando que os métodos de extradição e recusa de fiança foram "um abuso de processo".

Um assessor independente irá avaliar o valor a ser pago, mas Raissi disse que o dinheiro não é importante.

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"Eu estava brigando por justiça. O que eu quero no final disso tudo é um pedido de desculpa", disse ele, que espera ser liberado para voar novamente.