A ministra das Relações Exteriores da Grã-Bretanha, Margaret Beckett, afirmou na terça-feira que seu país trabalhava com os EUA para obter a maior quantidade possível de informações sobre o incidente de ''fogo amigo'' no qual aviões de guerra norte-americanos mataram um soldado britânico no Iraque.

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``Obviamente, tanto nós quanto os EUA estamos ansiosos para entender o que aconteceu aqui'', afirmou Beckett, durante uma visita a Jerusalém, depois de meios de comunicação britânicos terem mostrado um vídeo secreto gravado de um dos aviões envolvidos no incidente.

O cabo Matty Hull foi morto perto da cidade de Basra, sul do Iraque, em março de 2003 quando dois aviões antitanque A-10 Thunderbolt dos EUA dispararam duas vezes contra um comboio de militares britânicos.

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A investigação sobre a morte de Hull foi suspensa na semana passada depois de o médico legista ter afirmado que precisava da gravação das imagens para chegar a uma conclusão. O Ministério de Defesa da Grã-Bretanha afirmou que não tinha o direito de divulgar o vídeo sem a permissão do governo norte-americano.

``Desejamos realizar a investigação mais completa possível'', disse Beckett. ``Queremos que o médico legista tenha acesso ao maior número possível de provas. Estamos trabalhando com os EUA para conseguir isso.''

Beckett acrescentou que a relação entre os dois países ocidentais - criticada frequentemente dentro da Grã-Bretanha devido ao apoio do primeiro-ministro Tony Blair à guerra no Iraque - continuava sendo sólida.

``A questão é importante e precisa ser resolvida, mas temos certeza de que isso não será extrapolado'', afirmou a ministra.

As imagens gravadas mostram como, antes de disparar contra o comboio britânico, os pilotos concluíram que os painéis de cor laranja colocados sobre os veículos blindados - que deveriam indicar aos aviões que se tratava de um comboio aliado - seriam lançadores de foguete.

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Percebendo depois que tinham atingido veículos de forças aliadas, um piloto afirmou: ``Vamos ser presos, cara.''

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