A Grã-Bretanha vai pedir mais ajuda à oposição síria na guerra civil contra o presidente Bashar al-Assad, durante encontro de chanceleres do G8 nesta quarta-feira (10) em Londres, mas não há sinais de mudança na política das grandes potências.

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As ameaças de guerra norte-coreanas serão outro item de destaque na pauta dos ministros de Relações Exteriores dos EUA, Grã-Bretanha, França, Alemanha, Itália, Japão, Canadá e Rússia, que acontece em Londres.

O encontro, que começa oficialmente com um jantar nesta quarta-feira e prossegue na quinta, será também a primeira oportunidade para que os ministros discutam pessoalmente o fracasso de uma reunião da semana passada no Cazaquistão que tinha por objetivo restringir o programa nuclear iraniano.

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Líderes da Coalizão Nacional Síria (CNS) estarão em Londres e terão reuniões paralelas com alguns participantes da cúpula, disse na terça-feira o chanceler britânico, William Hague.

Por causa da radicalização de parte da oposição síria, vários governos ocidentais demonstram cada vez menos intenção de apoiar militarmente os rebeldes. Na terça-feira, a ala iraquiana da Al Qaeda anunciou que havia se fundido a um dos principais grupos envolvidos na luta contra Assad, a Frente Al Nusra.

O analista Michael Stephens, da entidade de estudos de segurança Rusi, disse que a presença de líderes do CNS na reunião do G8 serve para reforçar a legitimidade internacional dessa coalizão, já reconhecida pela Liga Árabe como a única representante da Síria.

"Isso mostra que há um processo gradual, em que eles deixaram de ser alvo de risadas para serem aprovados pela Liga Árabe e ouvidos por líderes do G8", afirmou ele. "Há uma maré de apoio que parece estar se erguendo por trás deles."

Hague e seus colegas Laurent Fabius (França) e John Kerry (EUA) devem almoçar com os oposicionistas sírios, mas o chanceler russo, Sergei Lavrov, cujo país apoia Assad, não deve fazê-lo. Kerry e Lavrov, no entanto, devem ter uma reunião a sós para discutir a questão da Síria.

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Não há sinais de que a Rússia recuará da sua oposição a qualquer medida do Conselho de Segurança da ONU que possa intensificar a pressão contra Assad.