O Rio Potomac, em Washington: projeto de US$ 2,6 bilhões| Foto: Yuri Gripas/Reuters

A cidade de Washington deu início a uma grande escavação, em um projeto de 2,6 bilhões de dólares destinado a ajudar a limpar o Rio Potomac e a Baía de Chesapeake, o maior estuário dos Estados Unidos. Na maior obra pública da capital dos EUA em 40 anos, o trabalho foi iniciado no outono com a abertura de 26 quilômetros de túneis para evitar que o esgoto e a água das chuvas caiam no Potomac. Planejado para acabar em 2025, o projeto é visto por ambientalistas como parte da resolução do próximo grande desafio dos EUA em termos de poluição da água - manter o escoamento sujo fora dos lagos, riachos e rios. A grande escavação "é uma dramática peça do quebra-cabeças para melhorar a qualidade da água no Potomac", disse o chefe do Projeto Água Limpa, do Distrito de Columbia, Carlton Ray. Para os 15 milhões de turistas que visitam Washington todos os anos, o Potomac serve como cenário aos monumentos da cidade e aos prédios públicos, como o Capitólio e o Lincoln Memorial. Mas as águas tranquilas daquele que os admiradores chamam de "rio da nação" escondem problemas profundos. O Potomac tem em suas águas tantos poluentes capazes de mudar o sexo que descobriu-se peixes machos carregando ovos. É proibido nadar no rio após chuvas fortes por causa dos poluentes. Os moradores também fazem alertas para que não se coma os peixes do Potomac por causa da contaminação por bifenilos policlorados, um provável carcinógeno para humanos. O rio e sua bacia de quase 39 mil quilômetros quadrados são a principal fonte de sedimentos jogados na Baía de Chesapeake, uma importante fonte de pesca de caranguejos nos EUA e que luta para superar décadas de pesca abusiva e poluição. Em seu relatório anual, o grupo ambiental Potomac Conservancy deu nota D ao Potomac. O grupo citou práticas ruins de uso da terra, novos contaminantes e lutas contínuas para controlar a poluição.

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