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Apuração em andamento
Uma grande explosão em Beirute, capital do Líbano, nesta terça-feira (4) deixou centenas de feridos e danificou prédios. Até o momento, há o registro de mais de 70 mortes e mais de 3 mil feridos, segundo informações oficiais. O número, porém, pode ser muito maior, vez que ainda não se sabe com exatidão quantas pessoas estão sob os escombros. Uma das vítimas é o secretário-geral do partido Falanges Libanesas, Nizar Najarian, que não resistiu aos ferimentos causados pela explosão, segundo nota de pesar emitida pelo próprio partido.
A imprensa local afirmou inicialmente que o que causou a explosão foi um grande incêndio em um armazém de fogos de artifício perto do porto de Beirute. A informação, porém, não foi confirmada.
Nas redes sociais, moradores relataram que janelas de edifícios e casas no entorno do local da explosão estilhaçaram. Também há vídeos do momento da explosão e da fumaça causada pelo incêndio.
Em uma postagem em seu perfil no Twitter, a Cruz Vermelha no Líbano fez um apelo por doações de sangue de todos os tipos. A organização afirmou que está com 30 equipes de paramédicos no local da explosão.
Uma repórter da Al Jazeera que mora em Beirute contou que prédios a quilômetros de distância de onde teria ocorrido a explosão foram danificados. "A explosão foi sentida em toda a cidade", disse. "Há caos nas ruas". Houve danos no Baabda Palace, o palácio presidencial.
O presidente do Líbano, general Michel Aoun, instruiu as forças armadas para trabalhar com as "repercussões" da explosão e patrulhar as áreas afetadas, informou a Agência Nacional de Notícias do Líbano. Ele também pediu que os feridos sejam tratados às custas do Ministério da Saúde e que as famílias que tiveram suas casas destruídas sejam abrigadas.
O primeiro-ministro, Hassan Diab, declarou que a quarta-feira (5) será dia nacional de luto em memória das vítimas da explosão.
Tensões com Israel
A explosão em Beirute ocorreu em meio às crescentes tensões que se desenrolam no Sul do Líbano entre Israel e a organização paramilitar xiita libanesa Hezbollah, que também é apoiada pelo Irã. Ambos, porém, negaram qualquer tipo de participação na tragédia. Sob a condição de anonimato, um funcionário do governo israelense afirmou que o país "não tem nada a ver" com a explosão, informou a agência de notícias Associated Press