Entenda o caso
Como a Grécia chegou ao ponto em que se encontra hoje.
Bilhões
Os líderes da zona do euro concordaram, no dia 26 de outubro, em conceder a Atenas um segundo pacote bilionário de resgate e um corte de 50% em sua dívida.
Compensação
Em contrapartida, a Grécia deve se comprometer em continuar com uma política de cortes de gastos como privatizações, redução de empregos públicos e cortes salariais.
Bomba
Há apenas uma semana, o acordo de resgate parecia estar garantido, mas, então, o primeiro-ministro jogou uma bomba ao anunciar que faria uma votação popular sobre o pacote que exige outra rodada de medidas de austeridade sobre a população grega.
Nada
Com a ameaça de que o acordo pudesse não ser aceito, Alemanha e França disseram a Papandreou que a Grécia não receberia um centavo a mais de ajuda se não cumprisse seu lado do acordo.
Euro
Papandreou voltou atrás no referendo, mas apenas depois que a chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente francês, Nicolas Sarkozy, afirmaram que a Grécia precisava tomar uma decisão sobre se queria permanecer no euro ou não.
Fonte: Folhapress.
O acordo para a formação de um governo de coalizão na Grécia foi obtido ontem entre os dois principais partidos políticos do país, com a saída do atual primeiro-ministro, George Papandreou, informou a Presidência da República. O novo governo ficará encarregado da "aplicação do plano europeu" de ajuda à Grécia até "as próximas eleições", destaca o comunicado. O líder da oposição conservadora, Antonis Samaras, e Papandreou se reunirão novamente hoje para designar um novo primeiro-ministro e o futuro gabinete.
O acordo foi fechado durante uma reunião entre Samaras, líder do partido Nova Democracia, e Papandreou, na casa do presidente grego, Karolos Papúlias.
"Durante o encontro, ficou acertada a formação de um novo governo com a missão de conduzir o país a eleições imediatamente após a aplicação das decisões tomadas em 26 de outubro", quando foi firmado o acordo de Bruxelas entre Grécia e os demais países da zona do euro, destaca o comunicado.
A Grécia deverá ser representada na reunião do Eurogrupo, hoje, pelo ministro das Finanças e vice-chefe do atual governo, Evangélos Vénizélos, encarregado das negociações desde meados de junho.
Os gregos pretendem negociar com os ministros das Finanças do Eurogrupo o pagamento de 80 bilhões de euros até o fim de fevereiro, como prevê o acordo de resgate decidido no fim de outubro em Bruxelas.
Também ontem, o anúncio feito pelo Ministério das Finanças da Grécia de que deve enviar ao parlamento sua proposta de orçamento para 2012 até o dia 20 de novembro, colocou em evidência o prazo apertado que um eventual novo governo terá para aprovar a proposta e garantir um novo pacote de resgate financeiro.
Em nota entregue a ministros durante uma reunião de gabinete, o Ministério delineou as medidas necessárias para que a Grécia cumpra as condições estabelecidas no mais recente pacote de ajuda ao país, de 130 bilhões de euros.
O novo acordo de empréstimo precisa ser aprovado pelo parlamento por três quintos dos votos, diz a nota, acrescentando que ministros de Finanças da União Europeia devem tomar uma decisão final no dia 8 de novembro sobre a liberação da próxima etapa de um empréstimo anterior. Sem esses recursos, o dinheiro da Grécia deve acabar até 15 de dezembro.
De acordo com o cronograma, a Grécia também precisa fechar um acordo com bancos privados para um haircut, ou desconto de 50% sobre o valor dos bônus gregos. Para isso, precisa de um desembolso de 30 bilhões de euros para a recapitalização de bancos até o começo de janeiro. Ao mesmo tempo, um pagamento adicional de 30 bilhões de euros é necessário para que o acordo de haircut seja implementado.
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