A Grécia iniciou na quarta-feira (21) negociações com representantes da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional (FMI) para finalizar os detalhes de um pacote econômico que poderia resultar em até 45 bilhões de euros em ajuda para enfrentar sua crise financeira.
Num momento em que os custos de financiamento se encontram nos níveis mais altos dos últimos 12 anos e sua economia afunda pelo segundo ano consecutivo, a Grécia está tentando cortar seu déficit fiscal com dolorosas medidas de austeridade para convencer os mercados de que não dará calote na dívida.
Mas o governo do primeiro ministro socialista Georgios Papandreu enfrenta pressões externas e internas, já que os investidores buscam maiores rendimentos de seus bônus, obrigando Atenas a recorrer a um resgate, enquanto os trabalhadores gregos se opõe às medidas de austeridade fiscal.
O ministro das Finanças, Georgios Papaconstantinu, começou suas reuniões pela manhã com uma missão de assessores de nível médio da Comissão Européia, Banco Central Europeu e o FMI.
Se o país mediterrâneo pedir a ativação do pacote, do qual 30 bilhões de euros viriam dos países da zona do euro, e entre 10 e 15 bilhões do FMI no primeiro ano, esse seria o maior plano de ajuda da história.
"A hora crítica para as decisões que definirão o futuro do país está ao alcance das mãos", disse o jornal econômico Imerisia em uma coluna.
A perspectiva de ajuda externa tem elevado a ansiedade dos gregos, já desconcertados com os cortes nos salários públicos, o congelamento das pensões e o aumento de impostos que o governo aplicou no mês passado para reduzir o déficit orçamentário em um terço, a 8,7 por cento do Produto Interno Bruto (PIB).
Cerca de meio milhão de funcionários públicos planeja uma greve na quinta-feira, em sua quarta ação neste ano.
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