Uma calmaria política antes da tempestade eleitoral envolveu a Grécia neste sábado (19), com todas as campanhas e pesquisas suspensas antes da votação de domingo, que promete ser apertada e provavelmente inconclusiva. A eleição parlamentar está sendo observada de perto pela comunidade internacional, já que o vencedor vai precisar implementar as profundas reformas econômicas exigidas pelo acordo de resgate de 86 bilhões de euros (US$ 98 bilhões de dólares) fechado em agosto entre Atenas e parceiros da zona do euro.
O partido de esquerda Syriza, do ex-primeiro ministro Alexis Tsipras, aparece um pouco à frente do principal adversário, o Nova Democracia, partido liderado por Vangelis Meimarakis, segundo uma série de pesquisas de última hora divulgadas na sexta-feira. Mas nenhum partido parecia a caminho de receber os cerca de 38 por cento dos votos calculados como necessários para se obter a maioria dos 300 assentos no Parlamento, dado que o partido vencedor tem 50 assentos garantidos.
Tsipras usou seu discurso pré-eleitoral na sexta para tentar angariar apoio de ex-eleitores do Syriza, que ele teme não irem às urnas, desiludidos por ele ter sido forçado a voltar atrás em suas promessas de encerrar a austeridade que vem junto com os sucessivos pacotes de resgate internacionais. “Nem um voto deve ser perdido, não devemos deixar que sejamos derrotados pela abstenção”, disse ele em um comício que tinha pouco da paixão demonstrada quando ele chegou originalmente ao poder, em janeiro.
Miemarakis acusou Tsipras de fazer “promessas falsas” e chamou sua passagem pelo governo neste ano de “desastre” para a Grécia. “Nosso objetivo é que os países europeus não precisem mais nos dar empréstimos, porque nós finalmente queremos encerrar essa crise”, disse ele em uma entrevista ao jornal alemão Bild publicada neste sábado.
Moraes eleva confusão de papéis ao ápice em investigação sobre suposto golpe
Indiciamento de Bolsonaro é novo teste para a democracia
Países da Europa estão se preparando para lidar com eventual avanço de Putin sobre o continente
Em rota contra Musk, Lula amplia laços com a China e fecha acordo com concorrente da Starlink
Deixe sua opinião