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Crise

Grécia terá pesadelo se negar resgate, diz líder conservador

Protesto de bombeiros contra más condições de trabalho | Panayiotis Tzamaros/Reuters
Protesto de bombeiros contra más condições de trabalho (Foto: Panayiotis Tzamaros/Reuters)

O líder do partido Nova Democracia, Antonis Sama­­ras, afirmou ontem que a Grécia pode viver "um pesadelo que não poderá controlar" se não aceitar as medidas da União Europeia e do Fundo Monetário Inter­­nacional (FMI)­­ para garan­­tir o resgate­­ de 130 bilhões de euros, apro­­vado em fevereiro.

Samaras afirmou que as eleições podem determinar o futuro do país na moeda única e promete fazer o país voltar a crescer sem a criação de novos impostos e suavizando as medidas de austeridade exigidas para a concessão da ajuda financeira.

"Negar o resgate levaria à saída do euro e a queda dos padrões de vida dos gregos para um terço do atual em um tempo muito curto. Seria um pesadelo real", afirmou. "Os que falam em negar o resgate são como crianças brincando com fósforos dentro de um depósito de pólvora".

De acordo com as últimas­­ pesquisas de opinião divulgadas na Grécia, o Nova De­­mocracia de Samaras lidera com uma vantagem de no máximo cinco pontos para o Syriza, de Alexis Tsipras, que é contrário ao resgate financeiro. Em alguns levantamentos, o partido de esquerda é apontado como líder.

O partido vencedor ga­­nha­­rá uma bonificação de 50­­ cadeiras no Parlamento de­­ 200 representantes, o que pode ser decisivo para a formação de um novo governo e a definição sobre o acordo com o bloco europeu.

Esquerda

O líder da esquerda radical da Grécia, Alexis Tsipras, disse ontem que cancelaria­­ o pacote de ajuda da União Europeia e do Fundo Mone­­tário Internacional que mantém a Grécia à deriva, mas que isso não significa que o país seja obrigado a sair da zona do euro.

"Precisamos cancelar o res­­gate que levou à catástro­­fe", disse Tsipras em entre­­vista ao site enikos.gr. "Subs­­tituiremos o plano de resgate com um programa nacional para ressuscitar a economia."

O Syriza, partido de Tsi­­pras, está em segundo lugar nas pesquisas para as eleições de 17 de junho, bem perto do conservador Nova Democracia, que é favorável ao pacote de resgate.

Ele disse que negociaria um novo plano de resgate e que a Grécia não voltaria ao dracma, moeda usada no país antes da adoção do euro.

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