O governo da Grécia pretende colocar as reformas trabalhistas exigidas por credores estrangeiros em votação parlamentar, apesar da recusa de um parceiro de coalizão de apoiá-las, disse o ministro das Finanças no sábado.
O governo apresentará o projeto orçamentário de 2013 - que contém a maior parte das novas medidas de austeridade exigidas pelos credores - ao Parlamento na quarta-feira. Enviará ao Congresso também um projeto separado com reformas incluindo as polêmicas medidas trabalhistas, disse Yannis Stournaras.
A quase falida Grécia precisa de um acordo abrangente sobre o pacote de austeridade e sobre as reformas para desbloquear sua próxima parcela de ajuda antes de fique sem dinheiro em meados de novembro. A dívida pública bruta grega equivale a 171 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), segundo o Fundo Monetário Internacional.
O partido Esquerda Democrática tem o apoio de 16 deputados no Parlamento de 300 cadeiras e o governo - que tem uma maioria de 176 cadeiras - pode passar o pacote sem o seu apoio.
Atenas negocia o pacote de austeridade com líderes da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional há meses, mas um acordo final foi adiado pelas objeções do Esquerda Democrática.
"O governo pretende levar o projeto de orçamento ao Parlamento na quarta-feira", disse Stournaras a jornalistas depois de uma reunião com o primeiro-ministro, Antonis Samaras. O projeto incluindo as reformas trabalhistas será apresentada dias depois, ele disse.