Barco do Greenpeace nas Astúrias, na Espanha: valor da indenização a ser paga a empresa do Texas representa mais de 20 vezes o orçamento anual da ONG nos Estados Unidos
Barco do Greenpeace nas Astúrias, na Espanha: valor da indenização a ser paga a empresa do Texas representa mais de 20 vezes o orçamento anual da ONG nos Estados Unidos| Foto: EFE/Paco Paredes
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Um júri do estado americano da Dakota do Norte deliberou nesta quarta-feira (19) que a ONG ambiental Greenpeace deve pagar uma indenização de mais de US$ 660 milhões a uma empresa do Texas e a uma subsidiária por difamação e outras acusações, devido a protestos e outras ações contra a construção de um oleoduto.

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Segundo informações da CNN e da agência Associated Press, a Energy Transfer Partners, empresa com sede em Dallas, apresentou em 2019 um processo contra o Greenpeace.

O advogado Trey Cox alegou que, durante protestos em 2016 e 2017 contra a construção do oleoduto Dakota Access e sua travessia no rio Missouri, na região de uma reserva da tribo indígena sioux, o Greenpeace pagou pessoas para entrar na área e protestar, enviou suprimentos para bloqueios na área, organizou ou liderou treinamentos de manifestantes e fez declarações falsas sobre o projeto para impedi-lo. Por fim, o oleoduto foi concluído em 2017.

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O julgamento em Mandan, na Dakota do Norte, durou três semanas e o júri de nove membros levou dois dias para chegar a um veredicto.

Durante o processo, o Greenpeace afirmou que, caso fosse responsabilizado, poderia declarar falência nos Estados Unidos, já que o valor da indenização a ser paga à Energy Transfer representa mais de 20 vezes o orçamento anual da ONG no país.

A defesa do Greenpeace alegou que não havia provas contra a organização, que seus funcionários tiveram pouco ou nenhum envolvimento nos protestos e que não foi responsável pelos atrasos e pelo refinanciamento da obra.

“A luta contra as grandes petrolíferas não acabou hoje, e sabemos que a verdade e a lei estão do nosso lado. O Greenpeace Internacional continuará a fazer campanha por um futuro verde e pacífico”, disse Kristin Casper, conselheira geral do Greenpeace Internacional, em um comunicado.