Voos foram cancelados e ministérios e escolas foram fechados na Grécia nesta quarta-feira, devido à greve nacional de funcionários públicos e trabalhadores do setor privado. Eles protestam contra as medidas de austeridade fiscal do país, que são apoiadas pela União Europeia.
A paralisação de 24 horas é a primeira greve conjunta convocada pelos sindicatos do setor público e privado, representando metade da força de trabalho de 5 milhões de pessoas da Grécia.
Os números de participação serão vistos como um termômetro de quantos gregos apoiam o plano de redução de déficit do governo, criado para combater a crise fiscal que balançou os mercados e preocupou os países vizinhos da UE.
As ruas do centro de Atenas estavam cobertas nesta quarta-feira de pôsteres e panfletos pedindo aos gregos que protestem com o lema "Pessoas e suas necessidades acima dos mercados!". Algumas lojas estavam de portas fechadas, e o trânsito caótico da capital grega estava quieto.
Gregos amontoados em pontos de ônibus no centro da cidade reclamavam sobre a interrupção do transporte público. Todos os voos, da Grécia e para a Grécia, exceto os de emergência, foram cancelados e as balsas estavam paradas.
"Eu estou protestando contra os cortes salariais, eu estou protestando porque outros roubaram o dinheiro e nós somos os que vão pagar", disse o funcionário público Michallis Korileos, de 36 anos. "Eles estão cortando meu rendimento e eu tenho duas crianças para criar, é difícil."
Apesar dos históricos de manifestações violentas na Grécia, até agora a oposição às medidas de austeridade têm sido amplamente simbólicas. Pesquisa de opinião mostram que os gregos querem dar um tempo ao governo para ver o efeito das medidas.
As principais reclamações dos manifestantes são contra o congelamento dos salários públicos, o aumento de impostos e a elevação da idade de aposentadoria, que fazem parte do plano de contenção de gastos do governo.
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