Roma (AFP) Uma greve de 48 horas decidida pelo sindicato de jornalistas italianos (FNSI), em defesa dos salários e da convenção da profissão, deixou a Itália praticamente sem jornais ontem. A convenção coletiva expira no fim do ano. A renovação do documento é objeto de tensas negociações entre sindicalistas e patrões da imprensa italiana.
Os jornalistas que trabalham para os jornais iniciaram a greve de 48 horas sexta-feira, impedindo a impressão das edições de sábado e domingo. A greve também afeta as agências de notícia, que interromperam as transmissões sexta-feira às 7 horas (2 horas no Brasil) e só devem retomá-las no domingo também às 7 horas.
Ontem, circularam apenas alguns jornais cujos profissionais não acataram a convocação de greve, como o comunista Il Manifesto, editado por uma cooperativa de imprensa. O Observatore Romano, o jornal do Vaticano, também chegou às bancas de Roma. Os funcionários das redes de tevê e rádio ameaçam fazer greve dia 7.