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Manifestante segura cartaz onde se lê 'Salários Justos Agora!', durante greve, em frente à sede do Distrito Escolar Unificado de Los Angeles, em Los Angeles, Califórnia, EUA, 21 de março de 2023.
Manifestante segura cartaz onde se lê ‘Salários Justos Agora!’, durante greve, em frente à sede do Distrito Escolar Unificado de Los Angeles, em Los Angeles, Califórnia, EUA, 21 de março de 2023.| Foto: EFE/EPA/ETIENNE LAURENT

Mais de 420 mil estudantes no distrito escolar de Los Angeles, o segundo maior nos Estados Unidos, ficaram em casa nesta terça-feira (21), durante o primeiro de três dias de uma greve convocada por funcionários de instituições de ensino públicas que exigem melhores salários e condições de trabalho.

Motoristas de ônibus, guardas, assistentes de estudantes de educação inclusiva e trabalhadores de cantina em mil escolas na área metropolitana de Los Angeles exigem um aumento salarial de 30% e mais US$ 2 por hora para os funcionários com salários mais baixos.

Agrupados na seção Local 99 do Sindicato Internacional de Empregados de Serviços (SEIU), os 30 mil trabalhadores grevistas acreditam que é necessário um aumento para lidar com o elevado custo de vida na cidade nos últimos anos.

Local 99 negociou sem sucesso com o distrito escolar até o final da tarde de ontem, depois de também se reunirem na semana passada, quando chegou a melhor e última oferta: um aumento acumulado de 23% nos salários dos trabalhadores desde 2020.

"O distrito escolar nos considerou trabalhadores essenciais durante a pandemia de covid-19, mas eles parecem ter se esquecido. As negociações estão atualmente em um impasse", disse Conrado Guerrero, presidente do Local 99, durante uma passeata no centro de Los Angeles.

O superintendente do distrito escolar, Alberto Carvalho, emitiu um comunicado dizendo que buscará retomar o diálogo, mas frisou que a proposta da semana passada já era uma "oferta histórica" que reconhecia "os grandes sacrifícios deste grupo de trabalhadores".

As escolas do distrito em greve servem 300 mil cafés da manhã e 285 mil almoços a estudantes de origem latino-americana e negros de comunidades desfavorecidas, que receberão os alimentos em 24 locais da cidade organizados pela prefeitura durante a paralisação.

Professores Unidos de Los Angeles (UTLA), um sindicato de 35 mil professores, demonstrou solidariedade e se juntou à greve, enquanto negociava um aumento salarial de 20% ao longo de dois anos, começando com 10% para o ano letivo em curso.

Os membros do SEIU têm trabalhado sem contrato desde junho de 2020 e o acordo dos professores expirou em junho de 2022.

A greve atual marca a mais longa interrupção no segundo maior sistema escolar do país, após a greve dos professores de seis dias em 2019.

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