Mais de 420 mil estudantes no distrito escolar de Los Angeles, o segundo maior nos Estados Unidos, ficaram em casa nesta terça-feira (21), durante o primeiro de três dias de uma greve convocada por funcionários de instituições de ensino públicas que exigem melhores salários e condições de trabalho.
Motoristas de ônibus, guardas, assistentes de estudantes de educação inclusiva e trabalhadores de cantina em mil escolas na área metropolitana de Los Angeles exigem um aumento salarial de 30% e mais US$ 2 por hora para os funcionários com salários mais baixos.
Agrupados na seção Local 99 do Sindicato Internacional de Empregados de Serviços (SEIU), os 30 mil trabalhadores grevistas acreditam que é necessário um aumento para lidar com o elevado custo de vida na cidade nos últimos anos.
Local 99 negociou sem sucesso com o distrito escolar até o final da tarde de ontem, depois de também se reunirem na semana passada, quando chegou a melhor e última oferta: um aumento acumulado de 23% nos salários dos trabalhadores desde 2020.
"O distrito escolar nos considerou trabalhadores essenciais durante a pandemia de covid-19, mas eles parecem ter se esquecido. As negociações estão atualmente em um impasse", disse Conrado Guerrero, presidente do Local 99, durante uma passeata no centro de Los Angeles.
O superintendente do distrito escolar, Alberto Carvalho, emitiu um comunicado dizendo que buscará retomar o diálogo, mas frisou que a proposta da semana passada já era uma "oferta histórica" que reconhecia "os grandes sacrifícios deste grupo de trabalhadores".
As escolas do distrito em greve servem 300 mil cafés da manhã e 285 mil almoços a estudantes de origem latino-americana e negros de comunidades desfavorecidas, que receberão os alimentos em 24 locais da cidade organizados pela prefeitura durante a paralisação.
Professores Unidos de Los Angeles (UTLA), um sindicato de 35 mil professores, demonstrou solidariedade e se juntou à greve, enquanto negociava um aumento salarial de 20% ao longo de dois anos, começando com 10% para o ano letivo em curso.
Os membros do SEIU têm trabalhado sem contrato desde junho de 2020 e o acordo dos professores expirou em junho de 2022.
A greve atual marca a mais longa interrupção no segundo maior sistema escolar do país, após a greve dos professores de seis dias em 2019.
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