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Os trabalhadores ferroviários alemães retomaram suas atividades normais neste sábado após a greve mais longa da história do setor no país, mas já há ameaças de uma nova paralisação, alertou o vice-presidente da Comissão Européia.

A greve do sindicato dos maquinistas de trem, o minoritário GDL, que durante dois dias atingiu passageiros e durante três afetou o transporte de mercadorias, foi oficialmente encerrada às 02H00 locais (01H00 GMT).

Apesar da suspensão da greve, no entanto, a central sindical deu um ultimato à direção do serviço ferroviário público alemão: uma oferta deve ser apresentada antes da próxima segunda-feira, sob pena de uma nova paralisação, que poderia ter início sem previsão para terminar.

Por sua vez, o comissário europeu de Transportes e vice-presidente da Comissão Européia, Jacques Barrot, fez uma advertência sobre a repercussão que uma nova greve poderia ter sobre a economia alemã.

"Uma longa paralisação nos transportes pode causar prejuízos às companhias, não apenas na Alemanha e na França, mas também nos países vizinhos", declarou Barrot ao jornal alemão Bild am Sonntag.

Barrot se refere também à greve que atinge desde a noite de terça-feira os setores de transportes ferroviário, público e, em menores proporções, de luz e gás na França. Os sindicatos pleiteiam uma reforma governamental e um regime especial de aposentadorias.

"Ouvi dizer que em certas empresas belgas a produção caiu porque as mercadorias não puderam ser transportadas da Alemanha", comentou Barrot, declarando-se esperançoso de que ambas as partes cheguem rapidamente a um acordo, "sem esperar por uma intervenção do Estado".

A fábrica da construtora automobilística alemã Audi em Bruxelas está parada devido a problemas de transporte.

O sindicato GDL informou que a greve foi apoiada por 6.200 dos 20.000 maquinistas em atividade na Deutsche Bahn (companhia ferroviária estatal alemã).

A agremiação, que foi o primeiro sindicato de trabalhadores da Alemanha, fundado em 1867, exige um convênio coletivo exclusivo e um aumento de salários de 31%.

A Deutsche Bahn rechaça a reivindicação e até agora ofereceu uma contraproposta de apenas 10% de aumento e uma bonificação única de 2.000 euros (2.940 dólares) pelas horas extra trabalhadas em 2007.

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