Trégua momentânea
Novos protestos só na próxima quinta
Tudo indica que o governo de Nicolas Sarkozy, que resistiu à onda de greves dos últimos dois anos e está levando adiante a reforma da previdência, pode passar a respirar mais aliviado nos próximos dias. A paralisação de ontem foi a sétima jornada de protesto convocada pelos sindicatos, que marcaram uma nova greve geral apenas para 6 de novembro. Mas várias passeatas estão programadas para a próxima quinta-feira, inclusive em Paris.
Jean-Claudi Mailly, dirigente da central sindical Force Ouvrière, admitiu que os protestos estão demonstrando "uma pequena fadiga", apesar de a lei ainda não ter sido sancionada por Sarkozy. "Isso deixará profundas cicatrizes", afirmou.
Eleições 2010
Pesquisa prevê avanço da oposição nos Estados Unidos
Washington - Uma nova pesquisa realizada pela agência de notícias Associated Press indica que, mesmo diante da expectativa de que o Partido Republicano obtenha grande aumento de bancada nas eleições para o Congresso dos Estados Unidos, marcadas para a próxima terça-feira, o avanço da oposição não mudará em nada as sombrias perspectivas para a economia norte-americana em 2011.
Uma pesquisa trimestral da AP com destacados economistas indica um quadro de crescimento modesto da economia e sutil recuperação do desemprego para o próximo ano. Ao mesmo tempo, este quadro provavelmente influenciará os norte-americanos para as eleições presidenciais de 2012, quando Barack Obama deverá buscar a reeleição.
Segundo a Sondagem Econômica AP, o mercado de trabalho e a economia dos EUA melhorarão de maneira apenas discreta em 2011. Na opinião dos economistas ouvidos pela AP, os consumidores e os empregadores continuarão cautelosos, as famílias continuarão poupando e a inflação permanecerá sob controle.
Tímida melhoria
A expectativa dos economistas ouvidos pela AP é de que o desemprego passe dos atuais 9,6% para 9% no fim do próximo ano. Na edição anterior da pesquisa, os economistas previam desemprego de 8,7% no fim de 2011. Muitos deles acreditam que o nível histórico de 5,5% a 6% de desemprego não será recuperado antes de 2018.
Paris - Pelo menos 560 mil manifestantes foram às ruas das cidades na França ontem, em protesto contra a lei defendida pelo governo que aumentará a idade da aposentadoria dos 60 para 62 anos. As greves, contudo, parecem perder força, com as refinarias retomando a produção e um número menor de cancelamentos nas viagens ferroviárias, afirmou o governo.
O problema foi maior para os voos. Um terço dos voos no Aeroporto Roissy-Charles de Gaulle foi cancelado, bem como metade dos voos previstos de e para o Aeroporto de Orly. Segundo o Ministério do Interior, 560 mil manifestantes protestaram ao redor do país, mas a central sindical Confédération Générale du Travail (CGT) afirma que 2 milhões de pessoas se manifestaram contra a reforma.
Agora os sindicatos e a oposição socialista pressionam o presidente Nicolas Sarkozy, que defende e lei, a que não sancione a matéria. Sarkozy deverá sancionar a lei em meados de novembro. A líder socialista Martine Aubry pediu ao presidente que escute a população. "Nós vamos lutar até o fim", ela disse.
Trâmites
Na última quarta-feira, a Assembleia Nacional aprovou a lei, que já havia passado pelo Senado. Agora, está aberto um período para que o texto possa ser contestado na Corte Constitucional, o que o oposicionista Partido Socialista já prometeu fazer.
No complexo portuário de Fos-Lavera, no sul do país, o terceiro maior do mundo, a greve perdura pelo 32.º dia consecutivo. Com isso, navios-tanque não conseguem entrar no porto com petróleo e partir com produtos refinados, informou um porta-voz do local. As greves em refinarias e portos provocaram a falta de combustível em vários postos nas últimas semanas. Atualmente, 85% dos postos estão com seus estoques normalizados.
Sete refinarias do país estão prontas para retomar as operações.
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