La Paz Uma greve cívica no povoado oriental de Camiri, que reivindica maior participação nos lucros da riqueza dos hidrocarbonetos, agravou-se ontem quando os grevistas ameaçaram tomar os campos de gás que abastecem o Brasil.
Uma organização civil de Camiri exigiu que as filiais das petrolíferas Repsol (Espanha) e British Petroleum (Grã-Bretanha), que operam campos gasíferos, paralisem seus trabalhos até que o governo de Evo Morales conceda maiores lucros à região. Se as petrolíferas não acatarem a intimação, "provocarão a entrada de moradores, que farão cumprir (à força) as determinações da Assembléia do Povo Guarani", advertiu o Comitê Cívico de Camiri, que controla desde segunda-feira uma estratégica estrada que une a Bolívia à Argentina.
A Bolívia bombeia o Brasil com uma média de 26 milhões de metros cúbicos de gás por dia. O bloqueio de estradas também ameaça o fornecimento do mercado local de diesel, que a Bolívia importa da Argentina.
A ameaça ao fornecimento de gás para o Brasil provocou a reação do governo boliviano, que ordenou o envio da polícia para a área de conflito, onde quase 500 motoristas, veículos de carga e passageiros permanecem parados há quatro dias. "Vejo-me na obrigação de trabalhar em outro terreno, no da coerção, no do uso da força legítima", lamentou o ministro de governo (Interior), Alfredo Rada.
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