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Saúde

Gripe aviária faz mais uma vítima no Vietnã

O Vietnã noticiou nesta terça-feira mais uma morte pela gripe aviária, doença cujo combate está sendo debatido por especialistas de todo o mundo em Genebra. Horas depois do anúncio feito em Hanói, a Indonésia informou que uma menina que morreu nesta terça-feira pode também ser vítima do vírus H5N1.

O Banco Mundial diz que uma pandemia de gripe com duração de um ano poderia custar até US$ 800 bilhões à economia mundial. Especialistas consideram essencial controlar a gripe em aves antes que o vírus sofra uma mutação que lhe permita o contágio entre humanos. Nesse cenário, milhões de pessoas poderiam morrer.

A estimativa do Banco Mundial foi apresentada durante a reunião de três dias que reúne centenas de especialistas em Genebra.

- Normalmente, são necessários seis meses para preparar um programa desse tipo. Nós temos três dias - disse o coordenador da ONU para o combate às gripes aviária e humana, David Nabarro.

Desde 2003, a gripe aviária já matou 64 pessoas na Ásia, sendo 42 só no Vietnã. A vítima mais recente é um homem de 35 anos, que morreu no fim de outubro após comer um frango com sua família, segundo Nguyen Van Binh, subdiretor de Medicina Preventiva do Ministério da Saúde.

- Outros membros da família ainda estão bem, mas há um mercado de aves perto da casa deles - disse Binh nesta terça-feira.

O homem, que vivia em Hanói, apresentou uma ligeira febre após comer o frango e foi hospitalizado em 26 de outubro com dificuldades respiratórias. Ele morreu alguns dias depois.

A Organização Mundial da Saúde considera que é cedo para afirmar se esse caso indica uma mutação do vírus ou um aumento da sua virulência.

Em Jacarta, uma menina de 16 anos morreu dois dias depois de ser internada com febre alta e pneumonia. Ela vivia perto de um mercado de aves. O hospital disse que os sintomas são semelhantes aos da gripe aviária, mas que ainda é preciso aguardar o resultado de exames. A Indonésia já teve nove casos da gripe entre humanos, com cinco mortes.

A China, que ainda não confirmou casos entre humanos, pediu ajuda internacional para confirmar se o vírus foi ou não responsável pela morte de uma menina de 12 anos.

A Malásia disse estar realizando novos exames depois de localizar mais um bando de pombos mortos no noroeste do país.

Embora tenha matado metade dos humanos que contaminou, o vírus H5N1 dificilmente passa para pessoas - continua sendo uma doença de aves, o que já levou ao abate de milhões de animais em granjas. Recentemente, o vírus foi localizado em aves na Europa. Em breve, deve chegar ao Oriente M édio e à África, devido ao movimento das aves migratórias selvagens.

Para Lee Jong-Wook, diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, é apenas questão de tempo para que o vírus sofra uma mutação e provoque uma pandemia.

- Não sabemos quando isso irá acontecer, mas sabemos que vai acontecer. Nenhuma sociedade estará isenta - afirmou ele em Genebra.

O Banco Mundial pretende lançar um pacote de ajuda de US$ 1 bilhão durante a conferência. Autoridades dizem que as indenizações aos produtores que tiverem aves abatidas são essenciais, pois isso será um incentivo para que informem eventuais novos casos.

O laboratório suíço Roche disse na segunda-feira que está negociando com outros fabricantes e com governos a ampliação da produção do antiviral Tamiflu, considerado o melhor medicamento contra os sintomas da gripe aviária.

A empresa disse na terça-feira que havia suspendido as vendas do Tamiflu no varejo chinês, entregando o produto diretamente ao Minist ério da Saúde. O laboratório já havia tomado medidas semelhantes nos Estados Unidos, Canadá e Hong Kong, para evitar uma corrida dos consumidores pelo produto.

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