Um grupo que diz ter vínculos com a rede terrorista Al-Qaeda, de Osama bin Laden, reivindicou nesta sexta-feira as explosões do dia anterior em Londres e advertiu que não encerrará seus ataques até que as forças estrangeiras saíam do Iraque, de acordo com uma declaração publicada em um site da Internet.

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"Nosso ataque no coração da capital infiel britânica é uma mensagem a todos os governos europeus, não descansaremos até que todas as tropas infiéis deixem o Iraque" disseram as Brigadas de Abu Hafs al-Masri, datada de 22 de julho. A autenticidade da nota não pôde ser verificada de imediato.

O comunicado veio à tona pouco antes de a polícia britânica matar a tiros um homem em uma estação de metrô em Londres nesta sexta-feira, em meio a versões da imprensa britânica de que o indivíduo supostamente pretendia detonar explosivo atados ao corpo em um trem subterrâneo. A polícia não confirmou essa versão nem deu detalhes da operação desta sexta-feira.

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Na nota, o grupo diz que os acontecimentos da quinta-feira eram "uma advertência a todos aqueles que sigam as políticas do presidente infiel dos EUA", referindo-se ao presidente americano, George W. Bush.

As Brigadas de Abu Hafs Al Masri - Divisão Europa, batizadas com o nome do combatente da Al-Qaeda no Afeganistão mortos em outubro de 2001, foram um dos grupos supostamente ligados à rede de Osama bin Laden que assumiram a autoria dos atentados em 7 de julho em Londres. O grupo também disse ter sido o autor dos atentados em 11 de março de 2004 em Madri, que deixaram 191 mortos, e um duplo ataque em Istambul, em novembro de 2003, que matou ao menos 63 pessoas. No entanto, especialistas em segurança mostraram-se céticos com relação às reivindicações do grupo.

Na semana passada, as Brigadas ameaçaram lançar uma guerra sangrenta na Europa se os países que têm tropas não retirarem seus soldados do país árabe até 15 de agosto próximo.

Autoridades americanas dizem que os laços das Brigadas com a Al-Qaeda não são claros.

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