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Os músicos Vina Lacerda, Julião Boêmio, André Prodossimo e Denis Mariano integram a Orquestra de Cordas de Curitiba | Diovulgação/FCC
Os músicos Vina Lacerda, Julião Boêmio, André Prodossimo e Denis Mariano integram a Orquestra de Cordas de Curitiba| Foto: Diovulgação/FCC

O telescópio espacial Chandra pode ter encontrado um novo tipo de supernova, ao registrar a explosão estelar mais brilhante já detectada, anunciaram astronômos americanos nesta segunda-feira (7). Os cientistas acreditam que essa observação pode ter sido uma espécie de "viagem no tempo", já que muitas das estrelas supermaciças que existiam nos primórdios do Universo podem ter tido um destino parecido. E mais: uma megaexplosão como essa pode estar para acontecer aqui na nossa Via Láctea, com a estrela Eta Carinae –- relativamente perto da Terra.

A monstruosa supernova, batizada de SN 2006gy, é pelo menos cem vezes mais energética que uma comum, o que indica que a estrela que explodiu pode ter tido uma massa cerca de 150 vezes maior do que a do nosso Sol -– tão grande quanto uma estrela pode ser.

O tamanho é parecido com os que eram encontrados na primeira geração de estrelas do Universo, o que dá aos astrônomos o privilégio de estudar como as primeiras estrelas morreram –- e de descobrir que suas teorias para explicar um evento do tipo estavam fundalmente erradas.

Normalmente, uma supernova ocorre quando uma grande estrela esgota seu combustível e entra em colapso pela ação de sua própria gravidade. Nesse caso, no entanto, o gatilho pode ter sido outro. Os cientistas acreditam que a produção excessiva de raios gama pelo núcleo da estrela pode ter causado uma perda de energia, o que levaria ao colapso e à gigantesca explosão.

Antes, eles acreditavam que as primeiras estrelas, tão maciças quanto essa, se transformavam em buracos negros. "Em termos de consequências, as diferenças são enormes entre essas duas possibilidades. A primeira polui a galáxia com enormes quantidades de elementos recém-formados e a outra os tranca para sempre em um buraco negro", explica o líder do estudo, Nathan Smith, da Universidade da Califórnia em Berkeley.

Um evento como esse pode se repetir em breve, muito mais perto daqui. A estrela que gerou a supernova SN 2006gy perdeu muita massa logo antes de explodir -– um evento que está sendo observado na estrela Eta Carinae, aqui na Via Láctea. E, enquanto a SN 2006gy está a 240 milhões de anos-luz da Terra, a Eta Carinae está bem, bem, mais perto: apenas 7,5 mil anos-luz.

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