Um grupo israelense de extrema-direita que promove agitações contra os árabes em nome da religião e da segurança nacional está forçando o Estado judeu a um ato de equilíbrio jurídico e político conforme tenta conter a violência sectária.

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Entre suas atividades, os ativistas do Lehava, gritando "Morte aos árabes", fizeram piquetes durante o casamento em agosto de um muçulmano com uma mulher judia que se converteu ao Islã. Agora, três membros foram acusados de um incêndio criminoso em uma escola de múltiplas fés em Jerusalém, no mês passado.

A tensão coletiva tem aumentado na sequência da guerra de Gaza, na qual mais de 2 mil palestinos morreram, em meio a rivalidades sobre o acesso ao local mais sagrado de Jerusalém. Isso transbordou para ataques de rua de palestinos contra judeus, incluindo o assassinato de quatro rabinos e um policial druso em uma sinagoga.

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Ilustrando o risco de violência sectária, um jovem palestino foi queimado até a morte em julho por israelenses em uma dita vingança pela morte de três adolescentes judeus por militantes na Cisjordânia.

As autoridades estão sob pressão para lidar com qualquer um que esteja incentivando a retaliação judaica contra os árabes israelenses e palestinos. Esforços para combater o Lehava, no entanto, podem ser complicados por garantias de liberdade de expressão e pela simpatia pelo grupo entre uma minoria de israelenses.

O Lehava, cujo nome significa "chama", mas também é um acrônimo hebraico para "Prevenindo a Assimilação na Terra Santa", nega qualquer irregularidade e diz que é alvo de uma caça às bruxas política.

A polícia reuniu 21 membros do Lehava, incluindo seu líder Benzion Gopshtein, após o ataque à escola onde crianças judias e árabes estudam juntas. A incursão sugere que uma repressão ao Lehava, e talvez uma proibição, está em curso.

Os três homens acusados do ataque incendiário ainda têm de fazer um apelo, enquanto Gopshtein argumenta que está sendo acusado pelo que diz, não pelo que faz.

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