Manifestantes anti-Wall Street lançaram uma nova onda de ativismo na terça-feira, no momento em que cidades pelos Estados Unidos encerram os acampamentos de dois meses do movimento "Ocupe Wall Street". Agora eles começaram a dar apoio a proprietários que resistem ao despejo de suas casas retomadas por falta de pagamento das prestações.
Manifestantes se reuniram em frente a uma casa em um bairro decadente de São Francisco, enquanto na vizinha Oakland ocuparam uma propriedade desocupada pertencente a um banco e a ofereceram como abrigo para moradores de rua. Em Los Angeles, eles ajudaram um ex-integrante da Marinha a enviar seus pertences de volta à sua casa hipotecada.
Na Filadélfia, manifestantes disseram estar se aproximando de uma estratégia semelhante para focar a atenção do público nos grandes bancos e em outros financiadores que se beneficiaram dos pacotes de resgate do governo, pagos pelos impostos cobrados dos cidadãos, para depois negar-lhes o direito a permanecer nas casas hipotecadas.
A mudança na estratégia foi feita depois que autoridades em muitas cidades dos EUA, muitas vezes citando condições de saúde e segurança, começaram a desmontar os acampamentos de protestos que surgiram como parte do movimento "Ocupe" que critica a desigualdade econômica e os excessos do sistema financeiro norte-americano.
"As pessoas estão se recusando a sair", disse Vivian Richardson, falando em frente a sua casa no bairro de São Francisco, onde está lutando contra o despejo. "Hoje é o dia nacional de reocupar nossas casas."
Ativistas anunciaram uma série de ações coordenadas em diversas das grandes cidades, organizadas por dezenas de grupos defensores do direito à moradia. Algumas tentativas anteriores para ocupar propriedades retomadas em São Francisco fracassaram quando manifestantes foram expulsos pela polícia.
"Essas ações fazem parte do começo de uma nova fronteira para o movimento Ocupe: a liberação de residências pertencentes a bancos para aqueles que precisam delas, e a defesa de famílias ameaçadas de execução hipotecária e despejo", disse a Aliança de Californianos para o Fortalecimento Comunitário em comunicado.
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