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Ataque

Grupo de encapuzados queima casas em zona de conflito no Chile

Um grupo de encapuzados queimou neste domingo (08) várias instalações de uma propriedade rural na região chilena de Araucanía, área do chamado conflito mapuche.

Membros de organizações não-governamentais e correspondentes de imprensa na região garantiram que posteriormente a Polícia realizou operações em várias comunidades indígenas, embora fontes oficiais consultadas pela Agência Efe tenham negado essas informações.

Além disso, nessa mesma área, a casa da irmã de um reconhecido representante mapuche, José Santos Millao, foi completamente destruída por outro incêndio, de origem desconhecida, segundo informou a "Televisión Nacional de Chile".

Os incidentes aconteceram durante o luto oficial decretado pelo Governo pela morte de sete brigadistas, falecidos na quinta-feira enquanto combatiam um incêndio nessa região e cujos funerais foram realizados neste domingo.

No total, as chamas, que já foram controladas, queimaram mais de quatro mil hectares apenas em Araucanía.

O Executivo acredita que alguns desses incêndios são intencionais e apontou uma organização radical mapuche como possível responsável, embora ontem tenha evitado insistir nessa hipótese.

No primeiro incidente ocorrido nas últimas horas, cinco encapuzados que estariam armados invadiram a propriedade de um funcionário aposentado do Exército, em Pidima, 600 quilômetros ao sul de Santiago.

Ali ameaçaram sua esposa e o capataz e incendiaram duas casas e dois galpões. Quando os policiais chegaram ao local, houve troca de tiros, mas ninguém foi preso ou saiu ferido, segundo confirmou à Efe um porta-voz policial.

Porém, José Venturelli, membro da Comissão Ética contra a Tortura, afirmou à Efe que os policiais lançaram bombas de gás lacrimogêneo e vários mapuches foram feridos por disparos na comunidade de Chequenko, também em Pidima.

Os mapuches, que estão reduzidos atualmente a cerca de 600 mil membros e sofrem altos níveis de pobreza, se concentram em Araucanía, onde enfrentam desde os anos 1990 empresas agrícolas e florestais pela propriedade de terras que consideram ancestrais.

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