Trinta crianças brasileiras estavam entre as cerca de 3,5 mil pessoas antes acampadas na fronteira entre os Estados Unidos e o México e que foram deportadas pelos americanos para o Haiti na semana passada. A informação foi repassada pela Organização Internacional para as Migrações (OIM), braço da Organização das Nações Unidas (ONU) dedicada aos fluxos migratórios em todo o mundo, à BBC News.
Segundo a OIM, a maior parte das crianças brasileiras tem até três anos de idade e estava acompanhada pelos pais haitianos. O Brasil recebeu um grande contingente de migrantes do país caribenho a partir de 2010, quando ocorreu um grande terremoto no Haiti. Nos últimos meses, vários haitianos que estavam na América do Sul começaram a migrar em direção aos Estados Unidos, devido às dificuldades para conseguir emprego ou obter cidadania.
A OIM apontou que as crianças tinha documentação brasileira porque a Constituição do Brasil estipula que nascidos no território nacional são considerados brasileiros natos, mesmo que tenham pais estrangeiros.
Na semana passada, a ONU havia pedido que o Brasil recebesse haitianos do acampamento na fronteira EUA-México que tivessem filhos brasileiros ou passado pelo país. O Itamaraty informou que estava analisando a questão, mas na sexta-feira (24) os Estados Unidos anunciaram que o acampamento foi fechado.
Investida da PF desarticula mobilização pela anistia, mas direita promete manter o debate
Como a PF costurou diferentes tramas para indiciar Bolsonaro
Como a PF construiu o relatório do indiciamento de Bolsonaro; ouça o podcast
Bolsonaro sobre demora para anúncio de cortes: “A próxima semana não chega nunca”
Deixe sua opinião