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Segunda-feira

Grupo de negociadores vai revisar austeridade na Grécia

O presidente do grupo de ministros das Finanças da zona do euro, Jean-Claude Juncker, afirmou ontem que a comissão de negociadores da Grécia (conhecida como Troika) renegociará as medidas de austeridade de Grécia na próxima segunda-feira.

Ao fim de uma reunião de ministros das Finanças da zona do euro em Luxemburgo, Juncker afirmou que o Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF) autorizará uma nova remessa de 1 bilhão de euros (R$ 2,6 bilhões) a Atenas "até o fim do mês".

O anúncio é feito um dia após a formação de um governo de coalizão entre conservadores e socialistas na Grécia, após as eleições parlamentares de domingo.

O novo primeiro-ministro, Antonis Samaras, anunciou que sua primeira tarefa é a de "revisar as condições do memorando" de rigor "sem pôr em perigo a via europeia do país ou sua permanência no euro".

Prazo

Atenas se prepara para pedir a seus credores mais dois anos para sanear suas contas, o que pode significar um novo empréstimo de 16 bilhões de euros a 20 bilhões de euros, segundo a agência de notícias grega Ana.

Já a diretora gerente­­ do Fundo Monetário In­­ter­­nacional, Christine Lagarde, pediu ao Banco Central Europeu "mais criatividade" a serviço do crescimento para ajudar a zona do euro a resolver a crise da dívida.

A União Europeia e o FMI socorreram a Grécia com dois pacotes que somados chegam a 240 bilhões de euros (US$ 300 bilhões) nos últimos dois anos.

Em troca, exigem que o país mediterrâneo cumpra metas no sentido de reduzir o déficit público e o montante da dívida nacional, ao custo de cortar gastos e enxugar salários e pensões.

Como o país já está em seu quinto ano consecutivo de recessão, e suporta uma taxa de desemprego superior a 20% (uma das maiores da Europa), a comoção popular é violenta, e já derivou para uma crise política, que pôs em dúvida a manutenção da Grécia na zona do euro.

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