Port of Spain - Os países da Comunidade Britânica (Commonwealth), que reúne mais de um quarto da população mundial, lançaram uma iniciativa diplomática para promover um abrangente acordo climático global, a ser definido na conferência de Copenhague.
Numa cúpula que começou na sexta-feira e termina hoje em Trinidad e Tobago, os 53 países do bloco, sob a liderança da rainha Elizabeth II, buscam um consenso sobre como reduzir as emissões de gases do efeito estufa e limitar o aquecimento global.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, o presidente da França, Nicolas Sarkozy, e o primeiro-ministro da Dinamarca, Lars Lokke Rasmussen, participam como observadores do evento.
A rainha Elizabeth disse que "às vésperas da cúpula da ONU em Copenhague, a Commonwealth tem uma oportunidade de mais uma vez liderar".
Também durante o encontro, o primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, defendeu a criação de um fundo com 10 bilhões de dólares por ano para ajudar os países em desenvolvimento a enfrentarem a mudança climática.
Quase metade dos 53 países do grupo é formada por pequenos Estados insulares ameaçados diretamente pela elevação do nível dos mares, causada pelo aquecimento global. Muitos deles são também países em desenvolvimento que pedem ajuda das nações ricas para ajudar nas tarefas de administrar a mudança climática e de redução das emissões de gases do efeito estufa.
Pela proposta de Brown, a verba estaria disponível para os países pobres já no ano que vem, bem antes de o eventual tratado climático entrar em vigor.
"O que sinto que os países em desenvolvimento precisam saber é que levamos absolutamente a sério que começaríamos agora", disse Brown.
Os líderes da Commonwealth pretendem emitir hoje uma forte declaração política em favor da luta contra o aquecimento global, que possa influenciar o resultado das discussões de Copenhague. Atualmente, os países da Comunidade Britânica representam cerca de 30% de todo o comércio mundial.