Os governos do Reino Unido e do Equador chegaram a um acordo ontem para criar um grupo de trabalho para buscar uma solução diplomática para o asilo diplomático do fundador do WikiLeaks, Julian Assange.
O australiano completará na próxima quarta um ano no prédio da embaixada equatoriana em Londres. Ele foi ao local após ser ordenada sua extradição à Suécia, onde responde a acusações de assédio sexual e estupro.
Assange teme que a extradição para o país nórdico seja um pretexto para enviá-lo aos Estados Unidos, onde é processado e pode ser condenado à morte por ser o fundador do site que divulgou milhares de documentos confidenciais das Forças Armadas e do Departamento de Estado americano.
Em comunicado, a Chancelaria britânica afirmou que, além da criação desta comissão, não houve mais avanços no caso. "O ministro britânico deixou claro que qualquer solução deve respeitar a legislação britânica."
Ao término da reunião, o chanceler equatoriano, Ricardo Patiño, reafirmou o compromisso de seu governo com "a segurança, integridade pessoal e liberdade de expressão de Assange". Ele ainda disse que o país estar disposto a abrigá-lo por até cinco anos na embaixada se for necessário.
Na noite de domingo, o ministro equatoriano visitou o fundador do WikiLeaks e voltou a prometer apoio do Equador para evitar que seja extraditado. Ao sair da visita, Patiño disse que Assange estava bem, apesar do tempo em que está alojado dentro da embaixada.
Assange recebeu asilo do Equador em agosto. No entanto, não pôde sair da embaixada em Londres por não ter um salvo-conduto diplomático. Apesar das contínuas negociações, os governos britânico e equatoriano não encontraram até agora uma solução para o assunto.
Apesar de refugiado no prédio da embaixada, o fundador do WikiLeaks tem dado várias entrevistas.