O grupo guerrilheiro Exército Popular Revolucionário (EPR), assumiu nesta terça-feira as explosões registradas na segunda-feira em quatro ductos da empresa Pemex, Petróleos Mexicanos. E justificou os atos como represália ao desaparecimento de dois companheiros.
"Assumimos a responsabilidade das explosões nos ductos da Pemex em Veracruz (leste) e Tlaxcala (centro), na exigência da apresentação com vida de nossos companheiros Edmundo Reyes Amaya e Gabriel Alberto Cruz Sánchez, presos desaparecidos desde 25 de maio", anunciou o EPR.
Este foi o mesmo motivo apresentado pelo grupo em julho ao reivindicar ataques a outros ductos da Petróleos Mexicanos (Pemex), a maior empresa do México.
Segundo nota do EPR, foram colocadas "doze cargas explosivas em igual número de ductos".
"Todas foram ativadas simultaneamente às 02H00 (hora local, 07H00 GMT) do dia 10 deste mês", embora uma das cargas "não tenha sido ativada".
No entanto, na segunda-feira, as autoridades só informaram sobre seis explosões e sobre um sétimo artefato não detonado.
No texto, o EPR assegurou que as ações foram executadas "com o objetivo de não causar perdas humanas entre a população".
O EPR apareceu em 1996, no estado mexicano de Guerrero (sul), no primeiro aniversário da chamada "Matança de Águas Brancas", na qual grupos paramilitares assassinaron dezenas de opositores do governo local.
A guerrilha mantém células na serra de Guerrero e em Oaxaca e em alguns municípios do estado de Chiapas, onde também opera o Exército Zapatista de Libertação Nacional.