Homens armados usando uniformes militares e cinturões com explosivos invadiram um prédio do governo no norte do Iraque e mataram pelo menos 21 pessoas. Três legisladores que estavam dentro do prédio do conselho provincial de Salahuddin, na cidade de Tikrit, quando os homens chegaram ao local, estão desaparecidos, disse o governador Ahmed Abdullah.
Segundo o governador, os legisladores não estão atendendo seus telefones celulares e não puderam ser localizados, o que indica que podem ser reféns dos atacantes. "Nós perdemos contato com três membros do conselho provincial que estavam dentro do prédio quando o ataque aconteceu", disse Abdullah, por telefone. Ele está na Jordânia, onde recebe informações sobre os acontecimentos.
Abdullah descreveu um intenso tiroteio entre pelo menos oito homens armados, que tomaram o segundo andar do prédio. Forças de segurança iraquianas cercavam o edifício. O governador disse que os atacantes estavam jogando granadas contra os soldados.
O conselheiro de mídia da província de Salahuddin, Mohammed al-Asi, disse que 21 pessoas foram mortas durante o cerco, que ainda continuava mais de três horas depois de ter começado. Sessenta e cinco pessoas ficaram feridas, afirmou ele. Dentre os mortos está o jornalista Sabah al-Bazi, correspondente da emissora de televisão Al-Arabiya e freelancer da CNN.
Um importante agente de inteligência de Bagdá disse que os homens mantinham reféns dentro do prédio, mas ele não sabia quantas pessoas estavam nesta condição. "Aparentemente, o objetivo dos atacantes era fazer reféns", disse o porta-voz do governo de Salahuddin, Ali al-Saleh. Alguns funcionários escaparam, completou.
Ataque
Autoridades disseram que os terroristas explodiram um carro do lado de fora do prédio do conselho provincial para criar confusão antes de lançar seu ataque. Usando uniformes militares - incluindo um de alta patente - os homens se identificaram como soldados iraquianos num posto de verificação do lado de fora do prédio governamental, mas abriram fogo contra os guardas quando receberam a informação de que precisariam ser revistados.
A polícia impôs um toque de recolher para evitar o tráfego de pedestres e carros em Tikrit, enquanto forças de segurança se encaminhavam para o prédio. O agente de inteligência disse que as forças começaram uma operação para libertar os reféns cerca de duas horas após início do cerco.
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