O grupo jihadista Ansar Beit al Maqdis (Seguidores da Casa de Jerusalém) anunciou nesta terça-feira (18) que o atentado realizado há dois dias contra um ônibus turístico na península egípcia do Sinai, um ataque que já havia sido reivindicado, foi perpetrado por um de seus suicidas.

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Por meio de um comunicado divulgado em um fórum jihadista, o grupo assinalou que "Deus fez o possível para que um de seus heróis conseguisse articular a explosão do ônibus turístico que se dirigia em direção à entidade sionista (Israel)".

O grupo jihadista já tinha reivindicado a autoria do ataque no próprio dia do atentado, mas, na ocasião, não chegaram a mencionar como a ação havia sido realizada. Na segunda-feira (17), antes do Ansar Beit al Maqdis se manifestar, a imprensa egípcia já especulava a hipótese do atentado ter sido obra de um suicida infiltrado no ônibus.

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A explosão, que resultou na morte de quatro pessoas, entre eles três turistas sul-coreanos, ocorreu na cidade de Taba, próximo à fronteira israelense.

"Esta operação se inscreve em nossa guerra econômica contra o regime traidor que saqueia as riquezas do povo e que não leva em consideração os fiéis e nem a moral", explicou a nota.

O grupo jihadista, sediado no Sinai, acusa as autoridades interinas do Egito de assassinar inocentes, deter mulheres e destruir imóveis para "satisfazer seus amos judeus e proteger suas supostas fronteiras".

No comunicado citado, o Ansar Beit al Maqdis advertiu que vigia de perto "esta grupo traidor", em alusão ao governo e ao Exército egípcio, e terá como alvos seus "interesses econômicos".

O Ansar Beit ao Maqdis reivindicou atentados com carros-bomba e assassinatos seletivos contra forças de segurança, como as quatro explosões registradas no Cairo no último mês de janeiro ou a queda de um helicóptero militar no mesmo mês no Sinai.

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Essa última ação, no entanto, aparece como o primeiro ataque destas características contra estrangeiros na turística Península do Sinai desde 2006, quando pelo menos 21 pessoas morreram em várias explosões na cidade de Dahab.

O Sinai se transformou em um foco de instabilidade por causa da ação de vários grupos extremistas, que, por sinal, aumentaram suas ações contra o Exército e a Polícia desde o golpe militar que depôs o presidente islamita Mohammed Mursi em julho do ano passado.