Uma coalizão que pede a proibição das chamadas bombas de fragmentação, que causam a morte de milhares de civis no mundo, lamentou na segunda-feira a ausência do Brasil, um dos produtores dessa arma, na sua segunda reunião, no Peru, onde estão presentes cerca de 70 países.

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A Coalizão contra as Munições de Fragmentação (CMC, em inglês) celebrou em fevereiro uma primeira reunião, na Noruega, país gestor da campanha contra essas armas, na qual 46 nações decidiram apoiar a proibição do uso, produção, transporte e armazenamento dessas armas em 2008.

Usadas em conflitos do Vietnã ao Iraque, as bombas de fragmentação podem passar anos inativas no solo para então explodirem, e por isso matam ou mutilam muitos civis. Na América do Sul, os países que produzem e armazenam essas bombas são Brasil, Chile e Argentina, segundo a organização.

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"Argentina e Chile vêm participar, mas o Brasil, não. O que é muito mau, pois se não vêm é um buraco para este trabalho", disse a jornalistas o coordenador do CMC, Thomas Nash.

Segundo uma porta-voz da entidade, o Brasil disse ser partidário de uma solução "técnica" para o problema, mas é contrário à proibição.

Nash acrescentou que, embora a América do Sul não registre uma grande incidência de bombas de fragmentação sobre a população civil, é preciso reduzir o risco de que os países produtores façam-nas chegar às zonas de conflito.

O coordenador considerou uma "boa notícia" que haja mais países interessados em subscrever um futuro acordo, e ressaltou a presença de países vítimas dessas armas, como Afeganistão, Camboja e Laos.

"Temos a maioria dos países que armazenam e produzem, e a maioria de países afetados, e o melhor é que teremos o país mais afetado do mundo, que é o Laos", acrescentou.

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