O grupo Ansar al Sharia, ligado à rede terrorista Al Qaeda, declarou a instauração de um "emirado islâmico" na rica província petrolífera de Shabua, no sul do Iêmen, segundo informou nesta quarta-feira (7) a organização em comunicado.

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O texto, divulgado em páginas islamitas na internet, está acompanhado de fotografias que mostram combatentes do grupo hasteando cartazes com o lema "Emirado islâmico de Shabua".

O grupo já anunciou em janeiro a instauração de um "emirado islâmico" na cidade iemenita de Rada, ao sul da capital, que tiveram sob seu controle durante dias.

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Em outra mensagem, o Ansar al Sharia (Partidários da lei islâmica) reivindicou os recentes ataques contra postos militares nos arredores de Zinyibar, capital da província meridional de Abien, que causaram dezenas de vítimas entre soldados e terroristas.

O grupo revelou que mantém prisioneiros um total de 73 soldados iemenitas, capturados durante esses combates e pediu aos familiares dos reféns que pressionem o Governo para que responda às demandas do agrupamento para evitar que estes presos sejam assassinados.

"Os mujahedin têm em seu poder 73 militares cuja vida está exposta ao perigo se (as autoridades) não libertarem nossos irmãos presos injustamente", adverte a nota, enviada à imprensa iemenita em Sana.

Já o Ministério do Interior iemenita informou em comunicado que os corpos de segurança descobriram um complô no qual participam cerca de 300 membros da Al Qaeda no distrito de Aazan, província de Shabua.

Esses combatentes, liderados pelos dirigentes Ibrahim al Bana, Qasem al Remi e Shaker Hamel, pretendem atacar instalações vitais e militares, e se apoderar de importantes quartéis militares e de segurança, segundo o Ministério.

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Por isso, as autoridades de segurança das províncias de Shebua e Hadramaut foram ordenadas a reforçar medidas em todos os postos de controle e acessos para repelir qualquer ação terrorista.

Nesta quarta-feira, a Al Qaeda na Península Arábica assumiu a autoria do atentado suicida contra o Palácio Presidencial da cidade de Al Mukalla, que no dia 25 de fevereiro causou a morte de 21 pessoas no sudeste do Iêmen.

A atividade da organização terrorista e de seus grupos afins aumentou desde que explodiu há mais de um ano a revolta contra o regime do ex-presidente Ali Abdullah Saleh, cuja saída definitiva do poder aconteceu há duas semanas com a posse do anterior vice-presidente Abdo Rabbo Mansour Hadi.