Cópia falsa do "New York Times" (à esquerda) e a versão original do jornal| Foto: Brendan McDermid/Reuters

Um grupo afirmou ter distribuído nesta quarta-feira (12) mais de 1,2 milhão de cópias falsas do 'New York Times', principalmente em Nova York e Los Angeles, com uma manchete dizendo: "Termina a guerra do Iraque".

CARREGANDO :)

A edição falsa tem 14 páginas e data de 4 de julho de 2009. Um grupo chamado 'Yes Man' teria assumido a autoria da brincadeira. Eles já haviam feito piadas semelhantes antes, como se fingir de funcionários da Organização Mundial do Comércio e anunciar 'o fim' da entidade.

Uma porta-voz do 'New York Times' confirmou que o jornal era falso e que o caso iria ser investigado.

Publicidade

Os autores da falsificação publicaram um comunicado explicando que criaram o jornal fake para celebrar a eleição de Barack Obama à Presidência e também pressionar o presidente eleito. "Temos de nos certificar de que Obama e todos os outros democratas que elegemos façam o que eles têm de fazer", diz o comunicado. A publicação falsa troca o habitual slogan do jornal, "All The News That's Fit To Print" ("Todas as notícias que vale a pena publicar"), para "All The News We Hope to Print" (Todas as notícias que gostaríamos de publicar").

Além do fim do conflito armado no Iraque, o jornal conta com notícias como a estatização da Exxonmobil, maior petrolífera do mundo, e a criação de um fundo da empresa para financiar iniciativas contra a mudança climática.

A editoria internacional também anuncia o fechamento da prisão de Guantánamo, em Cuba, e de outras instalações secretas da CIA, assim como um pedido de desculpas da "ex-secretária de Estado" Condoleezza Rice por defender que Saddam Hussein tinha armas de destruição em massa sabendo que era mentira.

Em outra matéria, o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, é acusado de alta traição e falsificação de documentos para justificar a guerra.

A editoria sobre notícias dos Estados Unidos repassa os "avanços" conseguidos nos oito meses de Barack Obama como novo presidente. Já a de economia mostra a criação de uma lei segundo a qual o preço das coisas deverá refletir seu verdadeiro custo, e o fechamento da faculdade de administração da Universidade de Harvard.

Publicidade